Observatório da Jihad


30.4.06

A vergonha do meu país

por Dewinter
The Free West's Weblog, 28 Abril 2006
Adaptação portuguesa de Sliver

Conheci a Ayaan Hirsi Ali ainda antes de ela ser deputada na Holanda. Uma mulher muito inteligente e corajosa, independente, charmosa, bonita – o pior pesadelo dos islamistas.
Não é só o pior pesadelo dos islamistas, desde que apareceu em cena foi fervorosamente atacada pelos media multiculturais e pelos comentadores esquerdistas. Foi acusada se ser uma marioneta dos sionistas, uma traumatizada, uma louca, islamófoba, chamaram-lhe tudo para neutralizar a sua mensagem.
Para as pessoas que não vivem na Holanda é difícil perceber a ampla e violenta coligação que se lhe opôs. Não passou um único dia em que um político ou um jornalista não a tentasse silenciar com insultos, acusações e rumores.
É notável que ela tenha querido prosseguir, para nos contar a sua história, e a tentar viver como ser humano normal que tem o direito de acreditar na razão e abandonar a fé com que cresceu – uma coisa considerada normal para alguém do mundo ocidental, mas considerado não normal para Ayaan, quem está SEMPRE cercada de, pelo menos, uma dúzia de agentes dos serviços secretos.
Ontem, um tribunal holandês concordou com os vizinhos de Ayaan, que esta colocava em perigo o edifício de apartamento, em Haia, para onde se tinha mudado há um ano, e ordenou-lhe que o deixasse no prazo de quatro meses.
Agora, oficialmente, é uma pária. Não pode viver em nenhuma casa ou num apartamento, somente em bases militares. Os islamistas orthodoxos e os activistas progressivas do multiculturalidade conseguiram isolar esta pessoa notável da sociedade.
A vergonha do meu país.

A talibanização da Malásia

Leitura no Diário Ateísta:

Talibanização da Malásia

29.4.06

É tudo por causa do Iraque, não é?

Sim, por causa do Iraque e ...
Índia e Sudão e Argélia e Afeganistão e Nova Iorque e Paquistão e Israel e Rússia e Chechénia e Filipinas e Indonésia e Nigéria e Inglaterra e Tailândia e Espanha e Egipto e Bangladesh e Arábia Saudita e Daguestão e Turquia e Marrocos e Iémen e Líbano e França e Uzbequistão e Gaza e Tunísia e Kosovo e Bósnia e Mauritânia e Quénia e Eritreia e Síria e Somália e Califórnia e Kuwait e Virgínia e Etiópia e Irão e Jordânia e Emirados Árabes Unidos e Louisiana e Texas e Tanzânia e Alemanha e Pensilvânia e Bélgica e Dinamarca e Timor e Qatar e Maryle e Tajiquistão e Escócia e...
...e todos os outros lugares onde os muçulmanos acreditam que a religião lhes diz:
" Mas quanto os meses sagrados houverem transcorrido, matai os idólatras (
564), onde quer que os acheis; capturai-os, acossai-os e espreitai-os; porém, caso se arrependam, observem a oração e paguem o zakat, abri-lhes o caminho. Sabei que Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo."

Para além do interesse em termos o Al Corão em português (do Brasil) são também muito esclarecedoras as notas ali constantes. Leia-se a 564 referente à Surata 9:5:
«Quando a guerra se torna inevitável, ela deve ser encetada com vigor. De acordo com o termo português, não se pode lutar com "luvas de pelica". O combate poderá tomar a forma de matança, ou de aprisionamento, ou de assédio, ou de emboscada e outros estratagemas. Contudo, mesmo assim, há sempre lugar para o arrependimento e a emenda, por parte do lado culpado; e se isso acontecer, será nosso dever perdoarmos e estabelecermos a paz.»

A Europa desconhece o Islão

Aproveitando a apresentação, em Córdoba no passado dia 25 de Janeiro, do livro do egípcio Gamal Andel Karim, A Ciência do Islão desde as suas origens até aos dias de hoje, Y. Adamgy colocou online mais um artigo onde volta a culpabilizar os europeus e os norte-americanos pelo terrorismo islâmico.

« (...) A natureza pacífica e civilizadora do Islão foi enfatizada ao longo da dissertação, tendo-se questionado acerca das verdadeiras causas do denominado “terrorismo Islâmico”, ou seja, os aspectos da guerra entre corporações multinacionais que, normalmente, passam despercebidos aos meios de comunicação em massa. A falta de credibilidade das propostas Europeia e Norte-Americana no que respeita aos Direitos Humanos são consequência do retrocesso da Democracia, da sociedade civil e da instauração de uma ordem militarizada que é a continuação da maquinaria do colonialismo. (...)»

É fundamental que a Europa comece a conhecer o Islão e os propagandistas que nos tentam culpar pelos crimes cometidos pelos loucos de Alá.

Bidicionário de Português

Uma ideia muito interessante, original e bem conseguida: o Bidicionário de Português.
Veja o que diz sobre uma ideia que nos é muito cara:

28.4.06

A doença do Islão

« Se o fanatismo foi a doença do cristianismo,
se o nazismo foi a doença da Alemanha,
é seguro que o integrismo é a doença do Islão. »
Abdelwahab Meddeb

Genocídio Arménio

No passado dia 24 de Abril assinalaram-se os 91 anos do genocídio Arménio, praticado pela Turquia, que se saldou num milhão e meio de mortos.

Para saber mais, comece por aqui.

27.4.06

As leituras da Elise

It's a perfect day... Elise! um blogue que nos faz a papinha (quase) toda

Iraque
Militias force thousands of Iraqis to flee * Al-Jaafari Ally New Nominee for Iraq PM * Iraq After Jaafari* The Generals' Dangerous Whispers (Charles Krauthammer)* Bush: Iraqis to Shoulder Security Burden * Zarqawi video vows defeat for US

Irão
Iranian group seeks British suicide bombers * Iran's War on the West * The Islamic Inquisition * Fashion police get tough in Tehran

Hamas
Suicide Rhetoric * Hamas officials contradict selves in media * Hamas: We're 'totally different' from al-Qaida (uh uh...)

Islamofascism
Open season on Swedish Jews * Jail loos turned from East(é o gozo total...) * Muslim students 'being taught to despise unbelievers as filth' * Sienna Miller gets death threats from Muslims * Amsterdam Mulls Axing Dole for Women in Burqas * Alexandria * Speak no evil: The new EU lexicon on terrorism * Al-Qaida's fingerprints on Dahab bombings *Bloody Monday * 2 Bombers Strike Outside Base in Egypt * When Arabs Oppose Jihadists

Adamgy / Ahmadinejad, a mesma luta...

O infatigável Adamgy continua a difundir textos e a criar opinião entre os muçulmanos portugueses. Hoje, colocou online, na Comunidade Islâmica na Web, um artigo de Bruno Guigue, publicado na Omma (25/4/06). Este artigo que Adamgy julga de utilidade e portanto subscreve, defende o programa nuclear iraniano e ataca, como sempre... Israel.

O texto que pode - e deve - ser lido na íntegra termina assim:
«A Ocidente, a fraseologia de Teerão provocou a indignação, ao ponto de esquecer-se a realidade: o único Estado do Médio Oriente a ter sido “erradicado do mapa”, foi o Estado da Palestina, que a política Israelita se ocupou de assassinar ao longo dos últimos cinquenta anos. (1) E esta política suscita menos indignação ainda, do que o facto da única resposta às eleições Palestinas consistir, para o Ocidente unânime, no corte dos géneros alimentares a uma população onde uma criança em cada duas vive abaixo do limiar da pobreza.(2) Teatro de sombras ideológicas, a crise nuclear Iraniana tem pelo menos o mérito de restituir cada um dos protagonistas da cena internacional às suas próprias mentiras.»

Notas do Observatório da Jihad
(1) O Estado Palestiniano não existia, a identidade palestiniana é algo recente, tem poucas décadas. (Está muito bem explicado aqui)
(2) Se os cleptocratas corruptos da Fatah não tivessem as contas bancárias a abarrotar com o dinheiro doado para o desenvolvimento da sociedade palestiniana seria seguro que as crianças viveriam muito melhor.

26.4.06

Dialéctica

Hoje foi um dia quente e não estou a falar do tempo. Aqui e aqui, nas caixas de comentários, muçulmanos e 'infiéis' trocaram argumentos que se prolongaram no Máquina Zero e na Comunidade Islâmica na Web. Como todos perceberam este blogue (Observatório da Jihad e não Observatório do Islão) preocupa-se com os radicais do Islão, os loucos de Alá, e não com os muçulmanos em geral. Uma das tarefas mais dificeis é perceber quem é quem na nebulosa islâmica que habita na Europa. Quem são os muçulmanos que apesar de professarem uma fé distinta estão perfeitamente integrados nas sociedades ocidentais. Quais os que, apesar de parecerem moderados e integrados, estão prontos a fazer-se explodir ou a servirem a logística, incluindo financeira, do terrorismo internacional. E, por último, identificar os que arrogantemente afirmam que a Europa, detentora de uma cultura que desprezam e odeiam, será muçulmana e estão dispostos a qualquer barbaridade para o conseguirem.
Farto de ouvir falar na islamofobia não tenho qualquer preconceito em afirmar que ela existe porque os próprios muçulmanos, na maioria dos casos, não conseguem demarcar-se da violência e das estranhas convergências que assolam o mundo muçulmano. (Sobre as convergências neo-nazis/islão que não são novas, datam da época do Grande Mufti de Jerusalém Haj Amin el Husseini, voltarei brevemente a escrever.) E esse é o principal trabalho de casa que têm de efectuar se não querem amálgamas. Nesse sentido, o muçulmano Hamid (que tão alegre ficou com o minuto de fama que anteriormente lhe concedi) deu um passo assinalável. Não só se distanciou como condenou a edição do opúsculo de David Duke. E indo até mais longe, concedo-lhe, com gosto, mais um minuto de fama:

Às tantas já é impossível sair do ciclo vicioso criado por este tipo de discurso que, se noticia abundantemente os fanáticos e os seus atentados, dos outros, da esmagadora maioria dos muçulmanos - talvez as principais vítimas dos fanáticos e das suas acções -, com os seus anseios de liberdade e de tolerância, dos seus intelectuais e incontáveis movimentos cívicos que se batem por mais democracia e justiça por todo o mundo islâmico... bem, desses normalmente não se fala. Não convém. Batendo nesta tecla, a partir de certa altura, qualquer tentativa de diálogo racional torna-se impossível.
Não posso estar mais de acordo. Fico à espera que o 'camarada' Hamid use a palavra, que fale e nos mostre quem são os intelectuais e incontáveis movimentos cívicos que se batem por mais democracia e justiça por todo o mundo islâmico. Convêm, e muito, falar neles. Eu apoio!

um novo 11/9 ??

25.4.06

Comunidade Islâmica na Web

Os animadores do forum islâmico começaram a «debater» o Observatório da Jihad. Consideram que o facto de aqui se ter denunciado que o sr. Adamgy edita as teses absurdas de um antigo lider da Ku Klux Klan é difamatório. Não o fizesse...
Ficam, também, as palavras de Hamid, um membro do forum: «Concordo. Mais leitores e participantes pode ser positivo e ajudar a clarificar posições, dissipar mitos, deste lado da barricada e do outro. A minha única dúvida existencial neste momento é saber se serei um "moderado" ou um fanático! Ou algo pior...» Infelizmente todos sabemos o que quer dizer «ou algo pior».

Outro Bloody Monday

Robert Spencer explica porque os jihadistas levaram a morte e a destruição a mais uma estância turística do Egipto.
in
FrontPage Magazine

Robert Spencer é professor de história islâmica, teologia e direito e é o director do Jihad Watch. É autor de 5 livros, 7 monografias e centenas de artigos sobre a jihad e terrorismo islâmico incluindo Islam Unveiled: Disturbing Questions About the World’s Fastest Growing Faith e The Politically Incorrect Guide to Islam (and the Crusades).

24.4.06

Grandes Mentiras

Ir a uma livraria pode ser muito compensador. Foi o que aconteceu ontem ao deparar com a obra «Grandes Mentiras - Demolindo os Mitos da Propaganda de Guerra contra Israel» de David Meir-Levi (Via Occidentalis, prefácio de David Horowitz, trad. Gaspar Liberman, 116 págs., Março 2006). Somente por 9,45 euros, preço Fnac, o autor arrasa, por completo, o argumentário dos críticos de Israel. Um livro fundamental para compreender o conflito israelo-palestiniano. Deixo o índice:
A importância deste ensaio, por David Horowitz
1. A questão dos refugiados
Origens do problema * Os refugiados judeus * O problema dos refugiados árabes * Resumo dos principais factos
2. As oito fases da criação de um problema
Citações esclarecedoras
3. A “ocupação” e os colonatos
FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA * O sionismo original * O Plano de Partilha de Peel * O Plano de Partilha da ONU * Terrorismo contra Israel antes de 1967 * O tardio nacionalismo palestiniano * A Guerra dos Seis Dias de 1967 * Direito Internacional e soberania israelita
OS COLONATOS * Colonatos de gestão militar * Colonatos de judeus regressados às suas casas * Colonatos nos subúrbios e junto à Linha Verde * Outros tipos de colonato formal * Colonatos “selvagens” * A legalidade dos colonatos * Impacto dos colonatos na população árabe * O papel dos colonatos no processo de paz * E uma retirada unilateral? * Conclusão * Bibliografia
Pode ler o prefácio e a biografia do autor no blogue da editora.

23.4.06

Holy Shiite!

(retirado ao Letras com Garfos)
«Os estabelecimentos prisionais britânicos estão remodelar o seu sistema de casas-de-banho, nomeadamente as retretes, para que os presos muçulmanos não tenham que as usar olhando para Meca. Milhares de libras estão a ser gastas para que os islamitas não se sintam ofendidos por evacuarem virados para Meca, isto na sequência de reclamações dos prisioneiros maometanos por serem obrigados a sentarem-se de lado nas retretes. Por exemplo, no estabelecimento prisional londrino de Brixton, todas as latrinas foram desviadas em 90 graus da sua anterior posição, para que os muçulmanos minoritários pudessem evacuar em conforto e em paz com Alá.»

21.4.06

Quinta Coluna à Esquerda

A FER - Frente de Esquerda Revolucionária, organização trotsquista integrada no Bloco de Esquerda acha que a causa do fundamentalismo e da violência islâmica é derivada das atitudes belicistas da Europa, EUA e Israel:

Declaração do Ruptura/FER sobre a polémica gerada a partir da publicação das caricaturas do profeta Maomé
«(...) A reacção das populações muçulmanas na Arábia Saudita, Paquistão, Indonésia, Líbia, Líbano, Afeganistão, Síria, Irão, entre outros países onde se deram levantamentos populares, é absolutamente legítima e deve contar com o nosso total apoio. É uma reacção violenta, sim, mas incomparavelmente menos violenta do que a agressão de que os seus autores são vítimas. É a reacção de ódio contra as bombas que matam o seu povo, contra as torturas que martirizam os seus filhos, contra uma propaganda de guerra que os quer diabolizar e exibir como terroristas. Ao contrário daqueles que se solidarizam com a Dinamarca e com a União Europeia, pelo facto de terem tido as suas representações atacadas ou ameaçadas, devemos dizer claramente que não o fazemos. A nossa solidariedade é de classe e está do outro lado da barricada, junto aos povos islâmicos, junto à resistência iraquiana e palestiniana, em sua luta contra os exércitos de ocupação e a sua propaganda de guerra.»
(leia o texto na íntegra aqui)

A ONU é uma organização credivel?

O Jerusalem Post relata que o Irão foi nomeado para a vice-presidência da comissão de desarmamento da ONU. O representante iraniano aproveitou a ocasião para declarar que o arsenal nuclear israelita é uma das piores ameaças à paz mundial. Entretanto, o conselho de segurança da ONU andou à procura de pretextos absurdos para recusar condenar o ataque de Tel Aviv.

20.4.06

Compreensão lenta

Luciano Amaral
Diário de Notícias, 20 Abril 2006

É interessante a tendência da opinião pública para não prestar a devida atenção a notícias realmente importantes. Na última semana, ao mesmo tempo que as redacções destacavam irrelevâncias para noticiar e os comentadores insignificâncias para comentar, saiu uma notícia em Espanha que não mereceu mais do que um olhar cursivo. Foi ela que, ao fim de dois anos de investigação, o juiz Juan del Olmo emitiu um auto de acusação aos autores do atentado de 11 de Março de 2004 em Madrid, tendo nele incluído 29 pessoas. O juiz Del Olmo descarta a hipótese de autoria da ETA (coisa que ainda se discute e sobre a qual persistem dúvidas para alguns, nomeadamente no sentido de uma joint-venture entre a ETA e o jihadismo internacional) e aponta para uma rede extremista islâmica directa ou indirectamente ligada à Al-Qaeda.

(continua aqui)

O Mundial de 98 esteve para ser uma tragédia

A al-Qaeda planeou dois atentados, um deles durante o jogo EUA-Inglaterra:

El Mundial'98 pudo ser una gran tragedia
Al Qaeda planeó dos atentandos, uno de ellos en el EE.UU.-Inglaterra
19/04/06 03:00 h. Las selecciones de Inglaterra y Estados Unidos se escaparon de uno de los atentados que tenía preparado Al Qaeda durante el Mundial de 1998 en Francia, según publicará la revista mensual alemana de fútbol 'Rund' en mayo.
Una grabación de cassete entre dos miembros de la banda terrorista Al Qaeda ha descubierto que estaban preparando matar a toda la plantilla del equipo americano antes de empezar el partido que lo enfrentaba a Inglaterra.
El segundo atentado estaba previsto hacerlo en el Inglaterra-Túnez, en el que otros miembros de Al Qaeda querían acabar con los jugadores ingleses Alan Shearer y David Seaman, lanzando una granada al banquillo, asegura el 'magazine'. La revista alemana dice también que los atentados fueron bloqueados semanas antes de la celebración del Mundial.
Por su parte, la organización del Mundial Alemania'06 ha dicho
que la seguridad será la principal prioridad del torneo que se disputará en verano.

in El Mundo Deportivo

Itália e França: Polícia prende 10 terroristas islâmicos

As policías italiana e francesa detiveram dez pessoas (italianos e argelinos) ligadas a um grupo extremista argelino. A maioria dos suspeitos foram detidos na nas cidades italianas de Nápoles, Caserte e Milão. Outros foram detidos na cidade francesa de Marselha. Os investigadores averiguam as possíveis ligações à al-Qaeda.

Cerimónia de recordação do massacre de Lisboa

Não foram as 4.000 velas que a Rua da Judiaria incentivou, mas foi um gesto pleno de simbolismo como constatámos e se pode ler no Adufe e no Público.
Assalta-me uma dúvida. Que fazia naquele local o líder de um partido anti-semita de esquerda ?

19.4.06

A religião inspira os ataques suicidas do Hamas

Entrevista com Massimo Introvigne, director do CESNUR - Centro de Estudos sobre Novas Religiões, Zenit, 24 de Agosto de 2003 *

* entrevista anterior à data em que o Hamas ganhou as eleições palestinianas

TURIM - Máximo Introvigne, director do Centro de Estudos sobre Novas Religiões (CESNUR) com sede em Turim, desvenda nesta entrevista a orgânica do movimento fundamentalista Hamas, ramo palestiniano dos Irmãos Muçulmanos.
Introvigne adverte que não se pode evitar o factor religioso quando se analisa o Hamas, e diz que «a questão Palestina, para o Hamas, não é uma entre muitas como a Chechénia, Caxemira ou outras: é a mãe de todas as questões, e não só por razões políticas mas também teológicas».
Introvigne é autor de numerosos livros, o último dos quais - em italiano - está dedicado precisamente ao Hamas. «Fundamentalismo islâmico e terrorismo suicida na Palestina», editado por Elledici.

- O que é exactamente o movimento Hamas?
- Introvigne: O Hamas é parte de uma grande galáxia internacional, o fundamentalismo islâmico, que tem influência sobre milhões de pessoas. Hamas é um ramo palestiniano do movimento fundamentalista islâmico, os Irmãos Muçulmanos, fundado no Egipto em 1928 por Hassan al-Banna. Em 1954, o presidente egípcio Nasser declarou-os ilegais e perseguiu-os, facto que determinou uma forte divisão interna.
Por um lado temos uma corrente radical que se mantêm fiel à fórmula leninista do golpe de Estado. Por outro lado, há uma corrente neo-tradicionalista que tenta perseguir uma islamização da base. É uma espécie de visão gramsciana (de Antonio Gramsci), que quer conseguir o poder mas antes conquistar a sociedade, organizando o sindicato muçulmano, as escolas muçulmanas, os jornais muçulmanos.
Em 1957, a direcção dos Irmãos Muçulmanos na Palestina adequou-se à posição neo-tradicionalista, cessou toda actividade militar, deixou de organizar atentados e dedicou-se a redobrar o número das mesquitas presentes na Faixa de Gaza e na Cisjordânia. Construiu uma rede de instituições fundamentalistas, povo por povo e bairro por bairro. Entre 1957 e 1987 deu-se na Palestina uma actividade armada e terrorista ligada aos nacionalistas leigos de Fatah e a outros componentes da OLP (Organização para a Libertação da Palestina).
Mas em 1987 rebentou a Intifada, num momento de debilidade da OLP. Então, os Irmãos Muçulmanos declararam que a operação neo-tradicionalista tinha tido êxito e que já se podia passar para uma fase radical de luta armada. A rede islâmica é forte em toda a Palestina. Ali fundaram o Hamas, uma palavra que significa «fervor» e que ao mesmo tempo é acrónimo de «Movimento de Resistência Islâmico».

- É uma ousadia definir Hamas como um movimento religioso?
- Introvigne: Não, de facto podemos defini-lo assim. Com frequência, no Ocidente comete-se o erro de considerar os fenómenos religiosos como superstruturas. É uma herança da análise marxista. Está claro que em todos os fenómenos complexos as causas são múltiplas e entrelaçam-se motivos económicos, políticos e religiosos. Mas no caso de Hamas a religião é um elemento determinante.
Se lermos a sua Carta, vemos que como está organizado tem como objectivo transformar Palestina num estado islâmico, ou seja, regido pela «sharia» (lei islâmica), na perspectiva de uma reunificação de todo o mundo muçulmano no Califado. Mas com uma especificidade, anunciada no artigo 14: a liberdade da Palestina é uma obrigação para todo muçulmano, viva no país que viva.
A questão Palestina, para Hamas, não é uma não é uma entre muitas como a Chechénia, Caxemira ou outras: é a mãe de todas as questões, e não somente por razões políticas mas também teológicas.

- Seria utópico pensar que Hamas possa desaparecer totalmente dos territórios palestinianos?
- Introvigne: Sim. A realidade é que entre membros e simpatizantes conta com milhares de pessoas. A solução do problema de Hamas não pode ser somente militar.

- O Hamas utiliza a religião para justificar o terrorismo?
- Introvigne: Na visão do mundo do fundamentalismo islâmico, não há diferença entre política e religião. E mais, afirmar que são diferentes considera-se um preconceito tipicamente ocidental que os fundamentalistas consideram estranho para a tradição islâmica.O Hamas dedica muita atenção para superar as objecções, segundo as quais, o suicídio iria contra o Islão e, portanto, os atentados suicidas não seriam lícitos para um muçulmano. O Hamas responde que não se trata de suicídio mas de martírio, e encontra figuras similares na galáxia fundamentalista que lhe dão a razão.
Pode ser desagradável dizer que o terrorista suicida de Hamas está movido pela religião. Mas é assim. É um erro considerar que são manipulados ou pessoas que escondem motivos económicos.
Uma análise do perfil socioeconómico dos que fizeram uma opção pelo martírio diz que seu nível, seja do poder aquisitivo ou de educação, é superior à média dos palestinianos. E mais, alguns terroristas formavam parte da mais alta burguesia.
É a ideologia, ou melhor a religião, que os impulsiona. Não é somente o desespero.

- No Hamas há mulheres kamikazes?
- Introvigne: A verdade é que até agora, nos atentados de Hamas, não participaram mulheres. O movimento não exclui a possibilidade teórica de que isto ocorra. Na Palestina já houve mulheres que se suicidaram, mas formavam parte das Brigadas dos Mártires al-Aqsa, uma formação leiga e nacionalista.
O Hamas manifesta que sua teologia não impede o martírio das mulheres, e de facto exalta as mulheres dos movimentos fundamentalistas chechenos que cumpriram atentados suicidas. Oferece maior dificuldades de carácter operacional, por exemplo, segundo o Hamas, as mulheres que fossem a Israel teriam que ir cobertas pelo véu e isto faria que a polícia as identificasse facilmente.
O Hamas afirma que há muito mais jovens palestinos de sexo masculino que solicitam converter-se em mártires dos que podem assumir. Assim, o problema das mulheres não se estabelece de momento.

- Hamas poderia abandonar as armas e negociar em nível político?
- Introvigne: Se nos limitássemos a ler a Carta do Hamas - um documento que afirma a luta perene até que os israelitas sejam expulsos - a resposta seria negativa.O Hamas soube sempre conjugar a poesia da retórica e a prosa da realidade.O Hamas não é um monólito e em seu interior existem correntes mais pragmáticas, sobretudo uma parte dos líderes internos de Cisjordânia, que nisto se diferencia do Qatar.Imaginar um processo de paz que considere como único interlocutor a Fatah ou em geral os componentes «leigos» do mundo palestino e que exclua completamente os partidos religiosos não é racional.
Um dos grandes desafios é o de encontrar em seu interior interlocutores dispostos a falar de paz, ou ao menos de trégua e de renúncia ao terrorismo.
Ocidente às vezes é vítima de uma espécie de «síndrome de Voltaire», segundo o qual, o melhor interlocutor do mundo árabe é o mais leigo e menos religioso. Mas os interlocutores sem raízes religiosas nos países de maioria islâmica com frequência têm escassa audiência popular.

A ameaça islâmica é mais grave do que foram as ameaças alemã e soviética

por Dennis Prager
Jewish World Review, 28 Março 2006
Adaptação portuguesa de Sliver


Só quatro tipos de indivíduos podem negar a ameaça contra a civilização levada a cabo pela fracção do Islão que apoia a violência: os naifs voluntários, os que odeiam a América, os que odeiam os judeus e os que têm medo de enfrentar a calamidade.
Todos os outros, os que enfrentam a realidade quotidiana, sabem que a humanidade civilizada tem um novo combate a travar. Conhecem o regime islâmico genocida do Sudão, o apoio muçulmano largamente difundido, teológico e emocional, à morte de um muçulmano que se tenha convertido a outra religião, da ausência de liberdade nos países de maioria muçulmana e da aprovação dos palestinianos que matam indiscriminadamente os israelitas. Também conhecem o estado primitivo em que são mantidas as mulheres em inúmeros países muçulmanos, os «crimes de honra» que são perpetrados contra elas, o culto da morte, e tantos outros factos lamentáveis numa fracção significativa do mundo muçulmano.
Da mesma forma que as gerações precedentes tiveram de combater o nazismo, o comunismo e o fascismo, a nossa geração tem de fazer face ao Islão militante.
Quando as antigas calamidades eram um perigo único, as particularidades desta ameaça contemporânea, proveniente do mundo islâmico, tornam-na difícil de vencer.
A primeira, é o número de pessoas que são crentes. É um fenómeno específico desta nova catástrofe. O número de pessoas que acreditava no nazismo ou no comunismo era muito inferior ao das pessoas que acreditam no Islão em geral e no Islão autoritário, em particular. Existem mais de mil milhões de Muçulmanos no mundo. Basta 10% deles acreditarem no Islão do Hamas, dos talibãs, do regime sudanês, do regime da Arábia Saudita, da doutrina Wahhabita, em Bin Laden, na jihad islâmica, na mesquita de Finchley Park em Londres e no Hezbollah – é inconcebível que pelos menos um muçulmano em cada 10 não apoie um destes grupos ideológicos – para que isso signifique que, pelo menos 100 milhões de pessoas, são nossos inimigos determinados. Fora da Alemanha quantas pessoas acreditavam no nazismo? Fora do Japão quem acreditava no imperialismo e no militarismo japonês? Fora das Universidades, e do mundo artístico de Hollywood, quantas pessoas acreditavam num totalitarismo de estilo soviético?
Os que acreditam no autoritarismo islâmico são muito mais numerosos dos que acreditavam no marxismo. Praticamente, ninguém que habitava nos países marxistas acreditava no marxismo ou comunismo. Igualmente havia menos gente a acreditar no nazismo, ideologia essencialmente confinada a um país e durante um período inferior a uma geração. Isto faz uma enorme diferença entre a ameaça do Islão radical para a nossa civilização, e as que provinham das duas precedentes ideologias totalitárias.
Existe uma segunda diferença que não sendo menos significativa é mais aterradora. Os nazis e os comunistas desejavam viver, temiam a morte. Os partidários do Islão autoritário amam a morte e detestam a vida.
Por esse motivo, a dissuasão funcionava com a União Soviética. Os dirigentes comunistas amavam a vida, amavam o seu dinheiro, o seu poder, as suas datchas, as amantes, os vinhos caros, e nada os fazia renunciar a isso em nome de Marx. Mas os actuais lideres do Irão celebram a morte e a dissuasão só funciona com pessoas sãs de espírito.
Não se pode fazer grande coisa contra pessoas que dão mais valor à morte que à vida.
A existência sem precedentes de um grande número de pessoas que pretendem destruir uma civilização tal como a conhecemos – que celebram a própria morte – representa uma ameaça a que, historicamente, nenhuma civilização teve de fazer face.
Os crimes cometidos pelos nazis e pelos comunistas são maiores que os cometidos pelo Islão radical. Não existiu um Gulag islâmico, nem um Auschwitz islâmico.
Mas a ameaça é muito mais séria.

17.4.06

«Legítima defesa» afirma o Hamas

10 mortos e dezenas de feridos num ataque bombista suicida praticado por um palestiniano num restaurante de Tel Aviv.

Atentado divide as opiniões dos palestinianos.

Dedicados ao martírio

O Irão tem pelo menos 40 mil bombistas suicidas treinados e prontos para atacar alvos ocidentais no caso de os EUA bombardearem instalações nucleares, garantem fontes credíveis. Só nos últimos dias 200 voluntários preencheram um formulário de inscrição no qual até podem declarar a sua preferência de alvos.

“Devido às recentes ameaças, estamos desde sexta-feira a registar um número crescente de voluntários”, garantiu Mohammad Ali Samadi, porta-voz do Comité para a Celebração dos Mártires da Campanha Islâmica Global.Cantando ‘Morte à América’ e ‘A energia nuclear é um direito nosso’, dezenas de jovens acorreram no fim-de-semana à antiga embaixada dos EUA em Teerão para formalizar a candidatura a mártires do Islão. Na folha de inscrição os candidatos podiam declarar se preferiam alvos americanos no Iraque ou alvos israelitas. Um dos candidatos a suicida, Ali, de 25 anos, falou a um jornalista da Reuters depois da inscrição. Mascarado, afirmou que não queria revelar o rosto “para não ser reconhecido quando viajar para o estrangeiro para atacar alvos americanos e britânicos”. Samadi afirma que a sua organização não está ligada ao governo e é “a única dedicada ao martírio” existente no país. Mas esta versão é contestada por Alireza Jafarzadeh, do Conselho Nacional de Resistência do Irão, que assegura existir um grupo especial de 40 mil Guardas Revolucionários dedicado ao martírio. Esta ala suicida foi, aliás, vista pela primeira vez no mês passado, num desfile militar em Teerão. Esta força especial tem a lição bem estudada, pois, segundo o perito do centro de estudos estratégicos dos Guardas Revolucionários Hassan Abbassi, há 29 alvos ocidentais identificados, alguns deles na fronteira com o Iraque. Segundo o jornal ‘The Sunday Times’ Jafarzadeh afirmou ainda que os Guardas Revolucionários, além do recrutamento e treino de suicidas, estão também encarregados de um programa secreto de armas nucleares destinado a iludir a Agência Internacional de Energia Atómica.
ALERTA DE RAFSANJANI
Depois dos últimos sinais de que os EUA preparam um ataque, o antigo presidente iraniano Hashemi Rafsanjani alertou ontem que qualquer acção militar dos EUA no Irão lançará a região na instabilidade e não trará benefícios aos norte-americanos. “Não será apenas a República Islâmica a sair prejudicada, mas toda a região, toda a gente”, afirmou Rafsanjani.
INSTALAÇÕES REFORÇADAS
Imagens de satélite revelam que o Irão alargou as suas instalações nucleares em Isfahan e reforçou a protecção contra bombardeamentos na fábrica subterrânea de enriquecimento de urânio em Natanz. Quem o afirma é o Instituto para a Ciência e a Segurança Internacional (ISIS), organismo independente dos EUA que enviou para os órgãos de Comunicação Social as fotografias de satélite que revelam as alegadas evoluções. Uma série documenta a evolução das obras em Natanz entre 2002 e Janeiro de 2006 e, segundo o ISIS, pode ver-se o reforço das paredes de protecção das instalações, que agora estão sepultadas a mais de oito metros sob o solo. Os EUA até ao momento não admitiram publicamente a existência de um plano de ataque ao Irão, mas inúmeras fontes garantem que o presidente George W. Bush quer agir antes do fim do seu segundo mandato. A revista ‘New Yorker’, por exemplo, publica este mês uma reportagem na qual se alega que os EUA ponderam utilizar bombas atómicas tácticas para destruir as instalações subterrâneas.
in Correio da Manha

O Islão dominará o mundo?

A nossa Revolução é um episódio da revolução mundial. Não se limita à reconquista da Palestina. Temos de ser honestos e admitir que queremos chegar a uma guerra como a guerra do Vietname. Queremos outro Vietname. E não só pela Palestina, mas por todos os países árabes. Os palestinianos fazem parte da Nação Árabe. Portanto é necessário que a Nação Árabe inteira entre em guerra total contra o Ocidente. E desencadeá-la-á. A América e a Europa que saibam que estamos apenas no início do início. Que o melhor ainda está para vir. Que de agora em diante não haverá paz para elas. Não é só Israel o inimigo, é todo o Ocidente a conquistar. Avançar, passo a passo, milímetro a milímetro. Ano após ano. Década após década. Determinados, obstinados, pacientes. É esta a nossa estratégia. Aliás, uma estratégia que alargaremos.
George Habash, Março de 1972, em entrevista a Oriana Fallaci.

Memória...

... e uma pausa no Observatório da Jihad para olhar para nós mesmos:

Assinala-se esta semana o V Centenário do Pogrom de Lisboa, em que, durante 3 dias, 4.000 pessoas foram barbaramente assassinadas por populares em plena Lisboa.
Sendo um episódio menos conhecido da História de Portugal, e como é importante preservar a memória, a
Rua da Judiaria recupera as palavras de Camilo Castelo Branco, Alexandre Herculano, Damião de Gois, Garcia de Resende, entre outros, sobre este acontecimento e lança o desafio para no dia 19 de Abril (quarta-feira) irmos ao Rossio acender uma vela simbólica por cada uma das vítimas. Quatro mil velas para iluminar a memória.

16.4.06

Convergências...

Na altura em que escuto que o governo iraniano está disposto a dar 50 milhões de euros ao Hamas para compensar a “suspensão” fundos europeus apetece-me relembrar a informação que li En Defensa de Occidente.

O
Partido Nacional Democrático (NPD) da Alemanha, herdeiro do III Reich, difundiu um comunicado onde dá as boas vindas ao Irão no próximo campeonato do mundo de futebol. O presidente do Irão converteu-se numa figura popular entre a extrema-direita por qualificar o Holocausto como um “conto” e pretender o desaparecimento do Estado de Israel.

O NPD tem contactos estreitos com o
PNR português. Será que esta gente que gosta de estar contra o seu tempo, também, apoia o Irão? Apesar de estarem corajosamente caladinhos sobre o assunto, eu aposto que sim.

Para onde vai o Irão?

L'Iran dans la Troisième Guerre mondiale de Laurent Artur du Plessis
Éd. Jean Cyrille Godefroy, Nov. 2005

Decidido a dotar o Irão da arma nuclear, o ultra-conservador e autista presidente Ahmadinejad, apoiado pelo guia supremo Ali Khamenei, conduz o país em rota de colisão com os Estados Unidos que, destruirão os equipamentos nucleares iranianos, com ou sem a ONU. Limitado a operações aéreas, o assalto americano (com o apoio de alguns aliados) exacerbará o ódio anti-ocidental do Islão, desencadeando uma forte onda de choque. Este conflito com várias repercussões geopolíticas (nucleares, petrolíferas, etc.) precisará os contornos da 3ª guerra mundial que inexoravelmente se aproxima: oporá o Ocidente e os seus aliados (nomeadamente a Índia e o Japão) e o eixo "islamo-confuciano" (principalmente os países muçulmanos e a China). Qual campo escolherá a Rússia, ela que apoia actualmente o Irão e se aproxima da China?

Ayaan Hirsi Ali

à venda a partir do dia 25 de Abril

Muslims who explore sources of morality other than Islam are threatened with death, and Muslim women who escape the virgins' cage are branded whores. So asserts Ayaan Hirsi Ali's profound meditation on Islam and the role of women, the rights of the individual, the roots of fanaticism, and Western policies toward Islamic countries and immigrant communities. Hard-hitting, outspoken, and controversial, The Caged Virgin is a call to arms for the emancipation of women from a brutal religious and cultural oppression and from an outdated cult of virginity. It is a defiant call for clear thinking and for an Islamic Enlightenment. But it is also the courageous story of how Hirsi Ali herself fought back against everyone who tried to force her to submit to a traditional Muslim woman's life and how she became a voice of reform.
Born in Somalia and raised Muslim, but outraged by her religion's hostility toward women, Hirsi Ali escaped an arranged marriage to a distant relative and fled to the Netherlands. There, she learned Dutch, worked as an interpreter in abortion clinics and shelters for battered women, earned a college degree, and started a career in politics as a Dutch parliamentarian. In November 2004, the violent murder on an Amsterdam street of Dutch filmmaker Theo van Gogh, with whom Hirsi Ali had written a film about women and Islam called Submission, changed her life. Threatened by the same group that slew van Gogh, Hirsi Ali now has round-the-clock protection, but has not allowed these circumstances to compromise her fierce criticism of the treatment of Muslim women, of Islamic governments' attempts to silence any questioning of their traditions, and of Western governments' blind tolerance of practices such as genital mutilation and forced marriages of female minors occurring in their countries. Hirsi Ali relates her experiences as a Muslim woman so that oppressed Muslim women can take heart and seek their own liberation. Drawing on her love of reason and the Enlightenment philosophers on whose principles democracy was founded, she presents her firsthand knowledge of the Islamic worldview and advises Westerners how best to address the great divide that currently exists between the West and Islamic nations and between Muslim immigrants and their adopted countries.

15.4.06

Carta do Hamas

A Carta do Hamas - Movimento de Resistência Islâmico é um documento bárbaro e revelador que não precisa de grandes comentários para ser interpretado. Adoptada em 1988, encontramos nos seus 28 artigos a cosmovisão dos radicais islâmicos sobre as seguintes matérias:

Definição do Movimento – Pontos de partida ideológicos;
A relação do Movimento de Resistência Islâmico com o grupo da Fraternidade Islâmica;
Estrutura e formação;
Momento e local de expansão do Movimento de Resistência Islâmico;
Características e Independência;
O universalismo do Movimento de Resistência Islâmico;
O slogan do Movimento de Resistência Islâmico;
Estratégias do Movimento de Resistência Islâmico: a Palestina é um território Islâmico;
A Pátria e o Nacionalismo do ponto de vista do Movimento de Resistência Islâmico na Palestina;
A educação das gerações;
O papel da mulher muçulmana;
Os movimentos nacionalistas na esfera palestiniana;
A Organização de Libertação da Palestina;
Os países árabes e islâmicos.


Disponibilizamos, na íntegra, as traduções francesa e inglesa.

Pedofilia no Islão

No que se refere ao género e sexo as diferenças culturais entre o Ocidente e o Islão não se ficam pelo desrespeito dos direitos das mulheres. A pedofilia é uma prática tolerada em muitos países muçulmanos, ao longo dos tempos e que chegou até aos nossos dias, sendo alguns países do Magreb zonas de destino turístico dos pedófilos, incluindo ilustres portugueses.
A primeira biografia de Maomé, baseada no Corão, fui escrita por Ibn Hisham. Para além das curiosidades, como a de palitar frequentemente os dentes, a biografia do Profeta estabelece que casou com a sua esposa favorita quando esta tinha 6 anos e ele mais de 50. O casamento foi consumado após o nono aniversário da criança. A rapariga chamava-se Aisha e era filha de Abu Bakr, amigo íntimo de Maomé. Parece que o Profeta sonhou com ela quando tinha 4 ou 5 anos e não perdeu tempo a realizar o seu sonho.

No Islão a homossexualidade é punida mas a pederastia é permitida.
Corão 52:24 Entre eles circulam jovens serviçais que se assemelham a pérolas semi-ocultas.
Corão 76:19 Em seu redor circularam jovens imortais: quando os vires julgarás que são pérolas bem guardadas.
A foto é perturbadora mas ainda seria mais se ninguém falasse neste assunto.
Quando um padre católico molesta uma criança existe uma lei, existe uma justiça, que o pune. Os Mullaahs são a lei, a justiça e o governo.

14.4.06

Foi há 5 anos...

«Obrigado Hitler, de abençoada memória, que... vingou, por antecipação, contra os maiores criminosos da face da Terra. No entanto, temos uma queixa contra ele, a sua vingança não foi suficiente.»
- Jornal governamental egípcio (Al-Akhbar, Egipto, 18 Abril 2001; repetido a 25 Abril 2001)

in O Jansenista

A Europa de cócoras: uma história exemplar em 3 tempos
1. A União Europeia decreta (e nós, que remédio, obedecemos) que doravante não se pode falar mais de «terrorismo islâmico» (adeus, pérfida designação!), devendo antes mencionar-se «terroristas que ilegitimamente invocam o Islão». Não podemos estigmatizar, que isso pode radicalizar os pobrezinhos, que têm sido tão comedidos.Onde estaríamos nós sem a União Europeia?
UM
2. Mas espera, o que é que se ouve, provindo lá das bandas do Koweit? Que nas mesquitas se prega o ódio e a violência, que nos jornais e televisões árabes se refere os não-árabes como infiéis, se apela à eliminação dos judeus, que são caricaturados como descendentes de porcos? Que o terrorismo é só a passagem aos actos dessa retórica inflamada? Que são os árabes os primeiros responsáveis dessa associação da sua imagem à intolerância e à violência? DOIS
3. Tudo falso, são todos uns pacifistas tolerantes (e daí a amizade que lhes devotam alguns «libertários-novos» cá do burgo...). Mas para que a mentira não fique impune, esses heréticos são gentilmente advertidos de que, se voltam a falar... ficam sem a cabeça!
TRÊS
4. Os eurocratas politicamente correctos que meditem (voltemos ao ponto 1). A nova terminologia que eles preconizam ajuda ou dificulta a resolução de problemas como este? Ou será o meu fanatismo pró-semita que me está a impedir de ver claro?

in http://jansenista.blogspot.com/

13.4.06

Como Israel pode ganhar

por Daniel Pipes

New York Sun, 4 Abril 2006
Versão original inglesa:
How Israel Can Win
Tradução portuguesa:
K. Sliver

Desde que afirmei, na minha
coluna da semana passada, que Israel pode e deve vencer os árabes palestinianos, inúmeras respostas vieram contradizer esta tese. Algumas são insignificantes (Haaretz publica um artigo contestando o direito de me exprimir sobre este assunto porque não vivo em Israel), mas a maioria levanta questões sérias que merecem uma resposta.

O estratega da antiguidade chinesa
Sun Tzu observa que na guerra, é preciso «fazer da vitória o principal objectivo». Um conselho ao qual se associa o teórico da guerra austríaco Raimondo Montecuccoli, no séc. XVII. O seu sucessor prussiano Clausewitz acrescenta que «a guerra é um acto de violência que consiste em forçar o inimigo a cumprir a nossa vontade». Esta reflexão continua válida: a vitória consiste em impor a vontade ao inimigo, obrigando-o a abandonar os seus objectivos estratégicos. Os conflitos terminam normalmente com a quebra da vontade de um dos campos.

Teoricamente, pode não ser assim. Os beligerantes podem chegar a um compromisso, podem esgotar-se mutuamente ou podem escolher resolver os seus litígios sob a ameaça de um inimigo mais poderoso (como quando a Grã-Bretanha e a França, desde sempre considerados como «
naturalmente e necessariamente inimigos», assinaram a Entente cordial, em 1904, por causa da apreensão comum face à Alemanha).

Tais soluções «sem vencedor nem vencido» são excepção na era moderna. Por exemplo, o Irão e o Iraque terminaram a guerra de 1980-1988 num estado de esgotamento mútuo mas este empate não resolveu os diferendos. De uma maneira geral, enquanto um dos campos não sentir a agonia da derrota – as suas esperanças reduzidas a nada, os cofres vazios, a vitalidade extinta –, o espectro da guerra persiste.

Podemos esperar uma tal agonia na sequência de uma derrota desvastadora no campo de batalha, mas, depois de 1945, deixou de ser o caso. Os aviões abatidos, os tanques destruídos, as munições esgotadas e os territórios perdidos raramente são elementos decisivos. Observemos as múltiplas derrotas árabes contra Israel entre 1948 e 1982, a derrota da Coreia do Norte em 1953, a de Saddam Hussein em 1991 e a dos sunitas iraquianos em 2003. Em todos estes casos a derrota no campo de batalha não se traduziu numa vaga de desespero.

No ambiente ideológico dos últimos anos das últimas décadas, a moral e a vontade contam mais. Os franceses abandonaram a Argélia, em 1962, quando dominavam o inimigo em efectivos e armamento. Aconteceu o mesmo com os americanos no Vietname, em 1975, e os soviéticos no Afeganistão, em 1989. A guerra fria partiu sem fazer vítimas.

Aplicada à guerra de Israel contra os árabes palestinianos, estas reflexões conduzem às seguintes conclusões:
· Israel não é livre de tentar vencer; está nomeadamente impedida pelos desejos do seu principal aliado, o governo americano. É a razão pela qual me debruço sobre esta questão, eu, um analista americano, com intenção de influenciar a política dos Estados Unidos e dos outros países ocidentais.
· Israel deveria ser exortada a convencer os árabes palestinianos de que estes perderam, a agir sobre a sua situação psicológica.
· Um gesto agressivo como a «transferência» dos árabes palestinianos para fora da Cisjordânia seria contraproducente para Israel – agravaria o sentimento de ultraje, aumentaria o número de inimigos e prolongaria o conflito.
· Por oposição, a percepção da fraqueza de Israel reduz a possibilidade de uma derrota dos árabes palestinianos; os erros cometidos pelos israelitas durante os anos de Oslo (1993-2000) e a retirada de Gaza provocaram a exaltação e a aspiração a novos combates por parte dos árabes palestinianos.
· Basta que Israel vença os árabes palestinianos, e não o conjunto das populações árabes ou muçulmanas, as quais acabarão por seguir o exemplo dos primeiros.

Resisto à tentação de sugerir as medidas específicas que Israel poderia tomar – por um lado porque não sou israelita e, por outro, porque é prematuro debater as possíveis tácticas vitoriosas antes de a vitória ser a estratégia escolhida. Lembro simplesmente que os árabes palestinianos beneficiam de um imenso esforço de ajuda e apoio através de uma rede mundial de ONG’s, de editorialistas de universitários e de políticos; que o problema – fabricado em todos os detalhes – dos «refugiados» árabes palestinianos é o âmago profundo conflito; e a falta de reconhecimento internacional de Jerusalém enquanto capital de Israel envenena a situação. Estes três problemas são claramente prioritários.

Ironia do destino, a destruição por Israel das motivações guerreiras dos árabes seria a melhor coisa que lhes poderia acontecer. Poderiam finalmente renunciar ao sonho doentio de eliminar o seu vizinho, e teriam um hipótese real de se concentrarem nos assuntos políticos, económicos, sociais e outros. Para se tornarem num povo normal, onde os pais não encorajam os filhos a transformarem-se em terroristas suicidas, os árabes palestinianos devem passar pela prova da derrota.

Afinal não existiu terrorismo em Londres...

(via O Jansenista)
"As bombas em Londres não foram terrorismo, foram uma «manifestação», na opinião de um douto académico [Ron Geaves]. 52 vítimas inocentes? Não, interessa é não «demonizar» os «manifestantes» com a designação ultrajante de «terroristas». "

Yiossuf M. Adamgy

Yiossuf M. Adamgy é o verdadeiro homem da «agit-prop» islâmica em Portugal. Para além da editora Al Furqán que edita uma revista do mesmo nome e vários livros, como O Conceito Islâmico a respeito de: Aborto, Planeamento Familiar, Homosexualidade, Masturbação, Pais de Aluguer e Inseminação Artificial (ainda não li mas já estou a sorrir), e quando não está a traduzir racistas lunáticos ou a procurar judeus debaixo das pedras Adamgy é o grande animador da Comunidade Islâmica na Web, onde os moderados e os fundamentalistas expressam os seus pontos de vistas e destilam ódios.

12.4.06

Irão nuclear, não obrigado!

Destruição dos centros nucleares iranianos, JÁ !!
O secretário de Estado adjunto norte-americano encarregado da não proliferação nuclear, Stephen Rademaker, afirmou esta quarta-feira em Moscovo que o Irão dispõe de capacidade para fabricar uma bomba nuclear num prazo de 15 meses.
“O Irão disse à AIEA que tinha a intenção de construir três mil centrifugadoras até ao próximo Outono. Calculamos que três mil máquinas ligadas em série podem produzir urânio altamente enriquecido suficiente para fabricar uma arma nuclear em 271 dias, ou seja nove meses”, referiu Rademaker. “Estamos conscientes de que os limites impostos pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) continuam a existir no Irão. Penso que os factos falam por si e as razões por que devemos estar inquietos são claras”, afirmou Rademaker, acrescentando que “não foi tomada absolutamente nenhuma decisão, pelo meu Governo ou pelo de outro país, a favor do uso da força militar contra o Irão”.

Extremistas de todo o mundo, uni-vos!

Há algum tempo tive a oportunidade de comprar na Mesquita de Lisboa uma obra muito interessante e ainda mais elucidativa «Como o Terrorismo Israelita e a Traição à América Causaram o Ataque de 11 de Setembro», David Duke, Al Furqán, Loures, 2002. O livro, apesar de pessimamente traduzido por M. Yiossuf M. Adamgy, é demonstrativo da paranóia instalada no seio dos fundamentalistas islâmicos e da extrema-direita americana.

Deixo o índice, já por si revelador: Prefácio * Porque foi atacada a América * A verdadeira razão porque sofremos terrorismo * A grande mentira * Israel: um assassino massivo como cabeça de estado * Israel fundado pelo terror contra os britânicos e palestinianos * O terror de Der Yassin * 52 anos de terror contínuo contra palestinianos * O terror da tortura israelita: pelo menos 150.000 vítimas * O terror contra o povo libanês * O terrorismo israelita contra a América * O ataque terrorista israelita ao USS Liberty * Israel: uma nação que espia a América e vende os nossos segredos aos nossos piores inimigos * O ataque ao World Trade Center * Qual o papel de Israel no ataque ao WTC? * Prova da traição da Mossad no ataque ao WTC * Aviso antecipado aos israelitas * O que é bom para Israel é mau para a América * Notas.

O autor,
David Duke, apresentado como o Presidente Nacional do European-American Unity and Right Organisation é um supremacista branco, antigo lider do Ku Klux Klan, e aliado dos fundamentalistas islâmicos.

A editora
Al Furqán (escusam de procurar este livro no site), sedeada em Santo António dos Cavaleiros e com livraria na Mesquita de Lisboa, é especializada na difusão do islamismo em Portugal e é dirigida por Yiossuf Adamgy que tem no seu curriculum a «"Insígnia da Arábia Saudita" atribuída (em 1997) pelo primeiro Embaixador da Arábia Saudita em Portugal, Dr. Waheeb M. Al-Suhly, como "reconhecimento dos seus enormes esforços ao serviço dos Muçulmanos, tanto em Portugal como nos outros países de expressão portuguesa; pela sua defesa em prol da Temática Islâmica; pela sua constância em apresentar o Islão na sua forma pura e correcta e, finalmente, pelo seu contributo para o enriquecimento do Pensamento e da Cultura Islâmica"». A edição portuguesa deste livro de David Duke merece seguramente mais uma comenda, talvez da Síria, país que Duke gosta de «visitar».

Guerra civil no Iraque?

por Daniel Pipes

New York Sun, 28 de Fevereiro de 2006
http://pt.danielpipes.org/article/3463
Original em inglês: Civil War in Iraq?
Tradução: Márcia Leal - Revisão: Sliver

O atentado à bomba de 22 Fevereiro contra o santuário de Askari em Samarra, no Iraque, foi uma tragédia, mas não uma tragédia para os americanos ou para a coligação.
A destruição da Mesquita Dourada, erigida em 1905, e um dos locais mais sagrados do xiismo, representa uma escalada da agressão sunita, uma afronta deliberada para provocar nos xiitas um impacto emocional. O atentado não é um sinal da fraqueza sunita, e sim da determinação de alguns membros da comunidade há longo tempo no poder em reafirmar o seu domínio. O presidente do Iraque,
Jalal Talabani, acertou ao advertir que "o fogo da sedição, quando irrompe, pode queimar tudo pelo caminho, sem poupar ninguém". É assustador pensar na carnificina que pode ocorrer.
Assim, a difícil situação do Iraque nem deve ser imputada à coligação, nem constitui uma ameaça particular para o Ocidente.
Quando Washington e os aliados derrubaram o execrável regime de Saddam Hussein, que colocara o mundo em perigo ao iniciar duas guerras expansionistas, ao reunir um arsenal de armas de destruição em massa e ao ambicionar o controle do comércio de petróleo e gás, prestaram um serviço histórico aos iraquianos, um povo brutalmente oprimido pelo ditador estalinista.
Sem surpresas, o regime sucumbiu rapidamente ao ataque externo, provando ser o "passeio" esperado por vários analistas,
eu inclusive. Aquela vitória conquistada em seis semanas continua a ser um motivo de orgulho para a política externa americana e as forças da coligação. É também um êxito pessoal do presidente Bush, que se encarregou das decisões mais importantes.
Mas o presidente decidiu que essa missão não bastava. Deslumbrado pelos exemplos da Alemanha e do Japão no pós-Segunda Guerra Mundial — países cujas transformações, em retrospectiva, afirmam-se como ocorrências isoladas —, Bush empenhou tropas no esforço de criar um "
Iraque livre e democrático". Esse nobre propósito foi inspirado no melhor do idealismo americano.
Contudo, nobreza de propósitos não é o bastante para reabilitar o Iraque, como
previ já em Abril de 2003. Os iraquianos — uma população predominantemente muçulmana, apenas libertada de sua masmorra totalitária — não se inclinaram a seguir o exemplo dos americanos; estes, por sua vez, não manifestaram um interesse maior pelo bem-estar do Iraque. Uma tal combinação de forças não permite à coligação impor sua vontade a vinte e seis milhões de iraquianos.
Para a coligação, isso também implica sobriedade nos objectivos. Torço muito por um "Iraque livre e democrático", porém chegou a hora de reconhecer que a coligação deve limitar a sua vitória à supressão da tirania, antes que passe a contribuir para o seu restabelecimento. Não há nada de ignóbil em restringir uma conquista que permanece um marco de depuração do sistema internacional. Seria uma infelicidade se propósitos por demais elevados arruinassem o que já se alcançou, de modo que futuras intervenções se tornassem menos prováveis. Os benefícios do derrube de Saddam não devem ser obscurecidos pela frustração de não criar um país genuinamente livre.
Reconstruir o Iraque não é responsabilidade da coligação, e muito menos seu encargo. Levará muitos anos para reparar os males causados por Saddam Hussein. Os americanos, os britânicos e os outros aliados não podem tomar a incumbência de dirimir os conflitos entre sunitas e xiitas, um problema de longa data que só os próprios iraquianos estão em condições de resolver.
A irrupção de uma guerra civil no Iraque teria muitas consequências para o Ocidente, em especial:
- Atrairia a presença da Síria e do Irão, antecipando um eventual confronto dos americanos com estes dois países e exacerbando as tensões já evidentes.
- Destruiria o sonho de fazer do Iraque um modelo de democracia para o Médio Oriente, arrefecendo o entusiasmo pela realização de eleições. Entretanto, isso terá o efeito de impedir que os islamistas sejam legitimados pelo voto popular como o Hamas o foi há poucas semanas.
- Reduziria as baixas da coligação no Iraque. Como bem notou o
Philadelphia Inquirer, "em vez de matar soldados americanos, os rebeldes locais e os combatentes estrangeiros estão mais interessados em gerar uma luta civil que consiga desestabilizar o processo político iraquiano e possa levar a uma guerra total, étnica e religiosa".
- Reduziria as baixas ocidentais fora do Iraque. O professor da Escola Naval Superior dos Estados Unidos,
Vali Nasr, observa: "Quando os muçulmanos da região pareciam esquecer as suas diferenças para se unir em protesto contra os cartoons dinamarqueses, o atentado provou que o sectarismo islâmico continua sendo o grande obstáculo à paz." Ou seja, quando os terroristas sunitas atacam os xiitas e vice-versa, os não-muçulmanos correm menos risco de ser atingidos.
Em resumo, uma guerra civil no Iraque seria uma tragédia do ponto de vista humanitário, mas não do ponto de vista estratégico.


Para ver o arquivo de artigos escritos por Daniel Pipes, consulte http://pt.danielpipes.org

Playboy indonésia

Se não gostam não estraguem...
Centenas de muçulmanos radicais apedrejaram hoje em Jacarta os escritórios da revista Playboy, cuja primeira edição local saiu na última sexta-feira. Cerca de 300 membros da Frente dos defensores do Islão (FPI) - que se concentraram junto das instalações da revista para exigir o fim da publicação - penetraram nos escritórios, rasgaram cópias da revista e partiram janelas à pedrada. Um dos cerca de 90 polícias de guarda aos escritórios ficou ferido. A maioria dos manifestantes já abandonou o local.
«Continuaremos os ataques se a Playboy recusar cessar a publicação», advertiu um dos líderes do grupo. O FPI é um grupo radical conhecido por organizar acções do género de hoje contra certos bares de Jacarta que servem álcool.
O primeiro número da versão indonésia da Playboy publicado na última sexta-feira continha fotografias de mulheres pouco despidas, no máximo em «bikini» e em poses pouco lascivas.
Nos últimos meses, o FPI e outras organizações muçulmanas lançaram uma campanha contra a chegada da Playboy, em nome da moralidade que está, segundo eles, em perigo.

O Grande Educador da Classe Islâmica

Parecendo querer sair da discrição que manteve nos últimos tempos, por causa do seu envolvimento no atentado terrorista de Lockerbee, Kadafi aposta na vitimização do Islão:

Dakar, Líbia (PANA) - O chefe do Estado líbio, Muamar Kadafi, guia do comando islâmico mundial, afirmou quarta-feira em Dakar que o Islão é uma religião de Deus baseada na sabedoria, na boa palavra e na convicção mas não na astúcia. O líder líbio que falava durante um encontro com chefes religiosos e delegações islâmicas da Mauritânia, da Guiné Bissau, da Guiné Conakry, da Gâmbia e dos Estados Unidos, insistiu na importância da difusão da verdadeira religião muçulmana. Os participantes neste encontro expressaram a sua estima ao guia Muamar Kadafi, defensor da verdadeira religião islâmica contra as práticas ignóbeis e conspirações fomentadas pelos inimigos do Islão. Eles afirmaram igualmente nas suas intervenções que o guia Muamar Kadafi é o único líder muçulmano que se dedicou totalmente ao serviço do Islão e dos muçulmanos com abnegação ao passo que "países e dirigentes no mundo muçulmano impõem aos muçulmanos ideias e noções que fazem do Islão uma religião de violência, de intolerância e de isolamento". O guia Kadafi, chegado segunda-feira ao Senegal para uma visita oficial de quatro dias, foi o convidado de honra do 46º aniversário da independência do país celebrado terça-feira última em Dakar. Assistiu terça-feira à tarde no estádio Léopold Sédar Senghor a uma reunião das mulheres do Partido Democrático Senegalês (PDS, no poder) na presença dos presidentes Abdoulaye Wade, Omar Bongo Ondimba do Gabão, Denis Sassou Nguesso du Congo Brazzaville, Pedro Pires de Cabo-Verde e João Bernardo Vieira da Guiné-Bissau. O líder líbio e o Presidente senegalês procederam quarta-feira à tarde em Dakar ao lançamento da primeira pedra da Torre Kadafi considerada como o símbolo da profundeza das relações entre os dois povos.

Dakar - 06/04/2006