Observatório da Jihad


19.4.06

A ameaça islâmica é mais grave do que foram as ameaças alemã e soviética

por Dennis Prager
Jewish World Review, 28 Março 2006
Adaptação portuguesa de Sliver


Só quatro tipos de indivíduos podem negar a ameaça contra a civilização levada a cabo pela fracção do Islão que apoia a violência: os naifs voluntários, os que odeiam a América, os que odeiam os judeus e os que têm medo de enfrentar a calamidade.
Todos os outros, os que enfrentam a realidade quotidiana, sabem que a humanidade civilizada tem um novo combate a travar. Conhecem o regime islâmico genocida do Sudão, o apoio muçulmano largamente difundido, teológico e emocional, à morte de um muçulmano que se tenha convertido a outra religião, da ausência de liberdade nos países de maioria muçulmana e da aprovação dos palestinianos que matam indiscriminadamente os israelitas. Também conhecem o estado primitivo em que são mantidas as mulheres em inúmeros países muçulmanos, os «crimes de honra» que são perpetrados contra elas, o culto da morte, e tantos outros factos lamentáveis numa fracção significativa do mundo muçulmano.
Da mesma forma que as gerações precedentes tiveram de combater o nazismo, o comunismo e o fascismo, a nossa geração tem de fazer face ao Islão militante.
Quando as antigas calamidades eram um perigo único, as particularidades desta ameaça contemporânea, proveniente do mundo islâmico, tornam-na difícil de vencer.
A primeira, é o número de pessoas que são crentes. É um fenómeno específico desta nova catástrofe. O número de pessoas que acreditava no nazismo ou no comunismo era muito inferior ao das pessoas que acreditam no Islão em geral e no Islão autoritário, em particular. Existem mais de mil milhões de Muçulmanos no mundo. Basta 10% deles acreditarem no Islão do Hamas, dos talibãs, do regime sudanês, do regime da Arábia Saudita, da doutrina Wahhabita, em Bin Laden, na jihad islâmica, na mesquita de Finchley Park em Londres e no Hezbollah – é inconcebível que pelos menos um muçulmano em cada 10 não apoie um destes grupos ideológicos – para que isso signifique que, pelo menos 100 milhões de pessoas, são nossos inimigos determinados. Fora da Alemanha quantas pessoas acreditavam no nazismo? Fora do Japão quem acreditava no imperialismo e no militarismo japonês? Fora das Universidades, e do mundo artístico de Hollywood, quantas pessoas acreditavam num totalitarismo de estilo soviético?
Os que acreditam no autoritarismo islâmico são muito mais numerosos dos que acreditavam no marxismo. Praticamente, ninguém que habitava nos países marxistas acreditava no marxismo ou comunismo. Igualmente havia menos gente a acreditar no nazismo, ideologia essencialmente confinada a um país e durante um período inferior a uma geração. Isto faz uma enorme diferença entre a ameaça do Islão radical para a nossa civilização, e as que provinham das duas precedentes ideologias totalitárias.
Existe uma segunda diferença que não sendo menos significativa é mais aterradora. Os nazis e os comunistas desejavam viver, temiam a morte. Os partidários do Islão autoritário amam a morte e detestam a vida.
Por esse motivo, a dissuasão funcionava com a União Soviética. Os dirigentes comunistas amavam a vida, amavam o seu dinheiro, o seu poder, as suas datchas, as amantes, os vinhos caros, e nada os fazia renunciar a isso em nome de Marx. Mas os actuais lideres do Irão celebram a morte e a dissuasão só funciona com pessoas sãs de espírito.
Não se pode fazer grande coisa contra pessoas que dão mais valor à morte que à vida.
A existência sem precedentes de um grande número de pessoas que pretendem destruir uma civilização tal como a conhecemos – que celebram a própria morte – representa uma ameaça a que, historicamente, nenhuma civilização teve de fazer face.
Os crimes cometidos pelos nazis e pelos comunistas são maiores que os cometidos pelo Islão radical. Não existiu um Gulag islâmico, nem um Auschwitz islâmico.
Mas a ameaça é muito mais séria.