Dialéctica

Farto de ouvir falar na islamofobia não tenho qualquer preconceito em afirmar que ela existe porque os próprios muçulmanos, na maioria dos casos, não conseguem demarcar-se da violência e das estranhas convergências que assolam o mundo muçulmano. (Sobre as convergências neo-nazis/islão que não são novas, datam da época do Grande Mufti de Jerusalém Haj Amin el Husseini, voltarei brevemente a escrever.) E esse é o principal trabalho de casa que têm de efectuar se não querem amálgamas. Nesse sentido, o muçulmano Hamid (que tão alegre ficou com o minuto de fama que anteriormente lhe concedi) deu um passo assinalável. Não só se distanciou como condenou a edição do opúsculo de David Duke. E indo até mais longe, concedo-lhe, com gosto, mais um minuto de fama:
Às tantas já é impossível sair do ciclo vicioso criado por este tipo de discurso que, se noticia abundantemente os fanáticos e os seus atentados, dos outros, da esmagadora maioria dos muçulmanos - talvez as principais vítimas dos fanáticos e das suas acções -, com os seus anseios de liberdade e de tolerância, dos seus intelectuais e incontáveis movimentos cívicos que se batem por mais democracia e justiça por todo o mundo islâmico... bem, desses normalmente não se fala. Não convém. Batendo nesta tecla, a partir de certa altura, qualquer tentativa de diálogo racional torna-se impossível.
Não posso estar mais de acordo. Fico à espera que o 'camarada' Hamid use a palavra, que fale e nos mostre quem são os intelectuais e incontáveis movimentos cívicos que se batem por mais democracia e justiça por todo o mundo islâmico. Convêm, e muito, falar neles. Eu apoio!
2 Comments:
Talvez dando mais lugar nas notícias a esses "movimentos cívicos" e menos às "bombas" radicais se pudesse fazer algo para melhor. Um movimento só vive se lhe for dado espaço para viver. E quanto mais se der notícia, mais o movimento aumenta. O contrário também é verdade.
Eu também apoio!
é possível ler notícias sobre movimentos reformistas em memri.org; memritv.org; english.aljazeera.net
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