Nada de confusões
Yiossuf M. Adamgy, grande medalhado pela Arábia Saudita, sustenta e divulga a tese que «A islamofobia é o anti-semitismo do séc. XXI». Mentira. Completamente falso. O anti-semitismo do séc. XXI continua a ser o que o sr. Adamgi e confrades pensam, escrevem e divulgam sobre os judeus.
(http://www.myciw.org/modules.php?name=Forums&file=viewtopic&p= 6753#6753)
15 Comments:
Está a referir-se a isto:
«A islamofobia é o anti-semitismo do séc. XXI
(Por: Abdelkarim Osuna; versão portuguesa de Yiossuf Adamgy)
O problema da islamofobia é uma realidade acutilante não só na Grã-Bretanha como também nos Estados Unidos, França, Alemãnha, Holanda, Bélgica ou Espanha (e Portugal e Brasil). Em todos eles houve ataques contra Muçulmanos pelo simples facto de o serem representantes desse “outro” que não se aceita no “próprio” território.
A maré fascista cresce com o amparo das instituições, demasiado preocupadas em lutar contra um hipotético integrismo islâmico, como para se dar conta que o problema mais acutilante do ocidente é a islamofobia.
Ao fim e ao cabo os nazis eram europeus, cidadãos completamente integrados nas suas sociedades, enquanto que o Islão é uma coisa de estrangeiros... e já se sabe que para o cidadão da cidade, estrangeiro é sinónimo de bárbaro. Por desgraça, a islamofobia não está apenas visível nas páginas da Internet de grupos neo-nazis ou em exageros como os de Oriana Falacci. Os principais jornais (europeus) estão cheios, no dia a dia, de frases insultuosas para com o Islão e os Muçulmanos, aos quais se tenta apresentar como um colectivo propenso ao extremismo.
Perante as contínuas manifestações anti-islâmicas que aparecem nos meios de comunicação mais importantes da Europa, as perspectivas não podem ser mais sombrias. Todos colocam os muçulmanos/as como as vítimas propiciadoras do novo fanatismo que percorre a Europa.
Os respectivos autores tratam uma e outra vez de mostrar aos seus leitores que o Islão, como um todo, é uma religião fanática e cuja tendência perante o totalitarismo torna-o refractário à integração, para além de ser perigoso para o resto da sociedade.
Nesta linha situam-se os artigos de Antoni Elorza, o qual uma e outra vez insiste em considerar os terroristas como “muçulmanos ortodoxos” e em afirmar que Maomé (saw) cometeu “crimes contra a humanidade” (Jihad em Madrid, El País, 18-03-2004).
Desde o 11 de Setembro, Frederico Jimenez Losantos disparatava no El Mundo contra aqueles que distinguem entre “Islão e terrorismo”. A Federico não lhe agrada as subtilezas:
Pois não, não e não. Tem muitissimo a ver o nacionalismo com a ETA, o Gulag com o comunismo e o Islão com o terror. Numa entrevista on-line, Jimenez Losantos responde categoricamente à pergunta maliciosa:
Proibirias a prática do Islão por ser uma religião que não respeita muitos princípios do nosso Estado de Direito?
A prática que inclua a luta contra a nossa segurança e contra as nossas liberdades, claro que a proibiria.
Citamos estes autores por não se tratar de loucos marginais nem considerados habitualmente como fanáticos perigosos, mas apenas criadores de opinião e catedráticos dignos de respeito, o que significa que as suas opiniões tocam a sociedade. Este tipo de opiniões conduz ao actual clima de tensão social na qual os muçulmanos estão encurralados.
Uma das características mais visíveis da islamofobia é a sua intenção de apresentar a complexa situação de 1,3 bilião de Muçulmanos de um modo monocórdico, como se todos os Muçulmanos fossem talhados pelo mesmo padrão imaginário, independentemente da diversidade das suas culturas.
É habitual ouvir afirmações maximalistas que dificilmente se podem aplicar aos Muçulmanos de países tão diferentes como o Yemén, Indonésia, Brasil, Malawi, Estados Unidos, França, Japão, Índia, Sudão, Mauritânia, África do Sul, Chade, Chechenia... e tantos outros.
Jerónimo Páez, no El País do dia 9 de Julho de 2004, oferece-nos uma amostra deste tipo de comentários, num artigo intitulado Islão. Teocracia ou Democracia:
«O Ocidente torna-se multicultural e o Mundo Islâmico monocultural. O Islão radical está-se a converter na ideologia dominante. Pode afirmar-se que aqueles que propunham uma sociedade democrática e liberal são uma minoria entre a população muçulmana, amplamente solidária com Bin Laden e com frequência anti americana e anti ocidental».
Dizer que o mundo Islâmico está a tornar-se mais monocultural [b]é uma falsidade evidente. A diversidade de formas e visões que o Islão adopta no mundo é confusa mesmo dentro dos próprios países de maioria Muçulmana. Sem dúvida que reconhecer isto exigiria abandonar as análises maximalistas que facilitam a identificação do barbudo integrista da imprensa com o cidadão muçulmano que vive na Noruega. E claro, não se pode julgá-lo e discriminar pelo que o outro faça.[/b]
Tão pouco é certo que o Islão radical se esteja a converter na ideologia dominante, nem muito menos que a população Muçulmana seja amplamente solidária com Bin Laden. Na realidade, segundo acreditam muitos muçulmanos desde Espanha até à Indonésia, este sujeitinho é um agente da CIA.
São os muçulmanos que apoiam a democracia uma minoria? Afirmações como esta devem apoiar-se com dados. Segundo um inquérito realizado pelo Pew Center de Madeleine Albright no ano de 2002, a democracia é o sistema mais apreciado entre os muçulmanos de todo o mundo.
Além disso, as estatísticas dizem-nos que a grande maioria dos muçulmanos do mundo vivem em países onde existe um sistema democrático, com uma democracia mais ou menos consolidada, mais ou menos militarizada. Um dado curioso que pode funcionar como uma regra: quanto mais são pró-ocidentais, menos democratas são.
É uma pena que o director do El Legado Andalusí se perca neste tipo de análises. Em vez de defender o Islão como parte integrante da cultura espanhola, Páez utiliza a tribuna do El Pais para semear ideias que vão contra a sobrevivência do legado.
Outro dos elementos mais recorrentes da islamofobia é tratar de identificar o Islão com conhecidas ameaças. Um caso extremo oferece-nos o artigo intitulado “O anti-semitismo “ de um tal Adolfo Garcia Ortega, publicado no El País, de 9 de Junho, e onde lemos o seguinte:
«O anti-semitismo árabe não tem dissimulação, é motivo de orgulho nos países árabes.
Este discurso assemelha-se ao neonazi francês ou espanhol (que ao lado do ódio muçulmano quase produz ternura) com a variante dos mesmos que seriam as grandes massas de jovens islâmicos que em Paris, em Londres, em Roma ou em Madrid vão acalentando e exibindo um ódio radical aos judeus...
A xenofobia feroz e sangrenta que os muçulmanos aplicam contra os judeus.
[Os Muçulmanos] cuja única obsessão não é sair da sua pobreza, mas sim alcançar a salvação através do ódio e da morte, como bem prega a jihad corânica».
Segundo isto, os Muçulmanos são os novos nazis, e o Alcorão prega a salvação pelo ódio e pela morte... não importa que os árabes sejam semitas; não importa que o Alcorão fale da Jihad para preservar igrejas e sinagogas; não importa que sejam os próprios muçulmanos as vítimas de uma política de exclusão social sistemática, de um ódio racial que permeia todos e cada um dos segmentos das nossas sociedades; não importa que os movimentos neo-nazis tenham o Islão como seu inimigo declarado e que a islamofobia seja a forma que o anti-semitismo adoptou no século XXI...
Para o nosso articulista, a culpa de tudo é dos muçulmanos, tal como outrora foi dos judeus. Os muçulmanos europeus são apresentados como bandos de fanáticos que se preparam para matar judeus para alcançar a salvação, tal como o Alcorão prega. Aqui se vê como a denúncia do presumível antisemitismo dos muçulmanos é um subterfúgio.
Não se pode afirmar que esta apresentação seja delicada e a sua apresentação num meio de comunicação como o El Pais poderia alarmar-nos, se não estivéssemos já acostumados. A este tipo de artigos pode-se-lhe aplicar o comentário de A. Taleb sobre A Raiva e o Orgulho, surgido no Le Monde:
“Se pegássemos na obra de Fallaci e substituíssemos a palavra muçulmano pela palavra judeu, teríamos um renascimento da literatura anti-semita dos anos 30”.
Quer dizer, que em nome da luta contra o anti-semitismo propaga-se o anti-semitismo. No final, Adolfo Garcia Ortega não se inibe e diz abertamente:
“O Islão pode ocupar o mesmo papel desestabilizador que o cristianismo primário na época do Império Romano e representar deste modo um perigo latente”.
Portanto, o destino dos muçulmanos na Europa decide-se entre os leões e as catacumbas. Os leões são esses movimentos neonazis que ameaçam a política europeia, perante os quais os poderes públicos nos garantem um mau viver dentro das catacumbas. A quem se mexer um pouco, expulsa-se e pronto. Para onde nos vão expulsar, aos muçulmanos espanhóis?
Por vezes a islamofobia apresenta-se claramente como a ideologia que obceca os pensadores do fascismo pós moderno. Numa entrevista que se pode ler na página da Web da Fundação Gustavo Bueno, o bom do Gustavo não se inibe:
“Há que atacar as próprias bases do Islão”.
E, ao falar dos atentados do 11 de Setembro:
“É a revelação. É Maomé. É o fanatismo”.
Entre os Muçulmanos europeus há medo, muito medo. Resulta de um cinismo assustador as afirmações de aqueles que acusam os muçulmanos de “não se integrarem” enquanto se lhes negam os seus direitos mínimos.
Como se vai integrar alguém cuja liberdade religiosa está constantemente interdita? Vamo-nos integrar numa sociedade que constantemente nos insulta e demoniza?
Tal como noutros tempos o anti-semitismo das classes intelectuais preparou o genocídio dos judeus na Europa, a manifesta hostilidade em relação ao Islão de numerosos criadores de opinião está a parecer-se com a violência de amanhã.
Só um cego é que não veria que, actualmente, estão-se a criar as condições – tanto legais como intelectuais – que podem acabar no genocídio dos muçulmanos/as.
Mas só Deus é que sabe. »
O artigo é mesmo este. O autor e divulgador podem gritar à vontade o que quiserem sobre a islamofobia e até fazerem-se de «coitados». Estão no seu direito. Não podem é atirar-nos areia para os olhos apagando do presente, o anti-semitismo praticado pelos islamistas!
«O problema da islamofobia é uma realidade acutilante não só na Grã-Bretanha como também nos Estados Unidos, França, Alemãnha, Holanda, Bélgica ou Espanha (e Portugal e Brasil). Em todos eles houve ataques contra Muçulmanos pelo simples facto de o serem representantes desse “outro” que não se aceita no “próprio” território. »
- Vamos lá recapitular a pergunta: Quem é que não aceita o quê? Explique lá quem é que não se rege pelas regras das sociedades de acolhimento? Explique lá quem é que acha que deve ter um regime jurídico de excepção quando se trata da questão do casamento?
«A maré fascista cresce com o amparo das instituições, demasiado preocupadas em lutar contra um hipotético integrismo islâmico, como para se dar conta que o problema mais acutilante do ocidente é a islamofobia.
Ao fim e ao cabo os nazis eram europeus, cidadãos completamente integrados nas suas sociedades, enquanto que o Islão é uma coisa de estrangeiros... e já se sabe que para o cidadão da cidade, estrangeiro é sinónimo de bárbaro. Por desgraça, a islamofobia não está apenas visível nas páginas da Internet de grupos neo-nazis ou em exageros como os de Oriana Falacci. Os principais jornais (europeus) estão cheios, no dia a dia, de frases insultuosas para com o Islão e os Muçulmanos, aos quais se tenta apresentar como um colectivo propenso ao extremismo. »
- 2ª Guerra Mundial, crash course 101, vamos lá recapitular: Quem é que eram os aliados de Hitler no Médio Oriente? E já agora, a Oriana Fallaci exagera, exactamente, no quê? E quais são as frases insultuosas para com o Islão? Vamos ser concretos, amiguinho, se há exageros e se há insultos então o "amigo" deve ser, efectivamente, capaz de dar exemplos objectivos de tais acontecimentos.
«Perante as contínuas manifestações anti-islâmicas que aparecem nos meios de comunicação mais importantes da Europa, as perspectivas não podem ser mais sombrias. Todos colocam os muçulmanos/as como as vítimas propiciadoras do novo fanatismo que percorre a Europa.»
- Vítimas? O papel de vítima está você a querer passar agora. São vítimas o tanas!
«Os respectivos autores tratam uma e outra vez de mostrar aos seus leitores que o Islão, como um todo, é uma religião fanática e cuja tendência perante o totalitarismo torna-o refractário à integração, para além de ser perigoso para o resto da sociedade.»
- O Islão radical, sim, sem dúvida. Os Estados teocráticos são totalitários. Porquê? Por acaso conhece alguma Teocracia actual que não o seja?
«(...) Tem muitissimo a ver o nacionalismo com a ETA, o Gulag com o comunismo e o Islão com o terror. »
- Não, não tem. Não misture organizações como a ETA, as Brigadas Vermelhas ou o IRA, com o terrorismo Islâmico porque não tem nada a ver. Estas organizações distinguem-se do terrorismo islâmico pela falta do imperativo religioso. O terrorismo islâmico é bem mais letal do que estas organizações todas juntas e isso está comprovado estatisticamente.
«Proibirias a prática do Islão por ser uma religião que não respeita muitos princípios do nosso Estado de Direito? »
- Excelente pergunta!
«A prática que inclua a luta contra a nossa segurança e contra as nossas liberdades, claro que a proibiria. »
- Excelente resposta! Eu também. Esta cena não é a casa da tia! Se eu for a um país Árabe também me comporto de acordo com as regras do local de acolhimento. Esta coisa da democracia não é unidireccional.
«Segundo isto, os Muçulmanos são os novos nazis, e o Alcorão prega a salvação pelo ódio e pela morte... não importa que os árabes sejam semitas; não importa que o Alcorão fale da Jihad para preservar igrejas e sinagogas; não importa que sejam os próprios muçulmanos as vítimas de uma política de exclusão social sistemática, de um ódio racial que permeia todos e cada um dos segmentos das nossas sociedades; não importa que os movimentos neo-nazis tenham o Islão como seu inimigo declarado e que a islamofobia seja a forma que o anti-semitismo adoptou no século XXI... »
- Bem, quando chegou a esta parte as pedras da calçada já estavam a chorar não? Eu não sei onde é que vai buscar estas coisas, mas eu conheço alguns muçulmanos e nenhum deles me parece excluído da sociedade. E também se confirma que são, não só, adeptos da democracia como também, não "curtem" o radicalismo islâmico.
«Entre os Muçulmanos europeus há medo, muito medo. Resulta de um cinismo assustador as afirmações de aqueles que acusam os muçulmanos de “não se integrarem” enquanto se lhes negam os seus direitos mínimos.»
- Por favor, defina lá o que são e quais são esses "direitos mínimos"?
«Como se vai integrar alguém cuja liberdade religiosa está constantemente interdita? Vamo-nos integrar numa sociedade que constantemente nos insulta e demoniza? »
- Quais são os países em que a liberdade religiosa está constantemente interdita? Presumo que se faz essa pergunta é porque pode apontar os países onde isso acontece. E depois, não venha com a cantiga do bandido, nem com a retórica do "Calimero" do "ai, coitadinhos de nós, não nos podemos integrar porque vocês são maus e insultam-nos e demonizam-nos.". Ora, faça-me o favor. Isso é apenas uma justificação moral e egocêntrica que serve para validar condutas desviantes.
Haja paciência! Este texto é a apologia do "coitadinho" do príncipio ao fim. E ainda se dá ao trabalho de estabelecer os paralelismos com os judeus e com os cristãos, como se isso servisse para sensibilizar alguém ou para ter pena. Amiguinho: Quem tem pena, é galinha! E já ultrapassámos aquelas cenas do Cristo! Tirando isso, não venha com esse discurso para ocidentais a dizer: «...não importa que os árabes sejam semitas;», porque isso é uma daquelas coisas da qual se deviam lembrar, sempre que atacam Israel.
Se não fosse este ocidente :
Nem metade eram !
Nem metade viviam !
Nem metade tinham !
Ainda por cima se sentem perseguidos quando não conseguem impôr instantaneamente
neste ocidente aquela cultura de escravatura, de violência e de miséria,
a que estão habituados e que defendem.
AI!...Oss "pobrecitos" sentem-se excluídos e demonizados pela nossa sociedade extremista!!!...
Não sei porquê!... Não foi de certeza pelas bombas e atentados terroristas em Paris, Londres, Madrid, N.York, Washington, etc... (isto até já parece um franchising de lojas de marca, qualquer dia Lisboa também tem direito a uma)!
Nã... não deve ter sido por isso!
Vírus é o que você deve querer, Lisboa, sinceramente? Tenha juizo! Porquê Lisboa?
É orque vocês que procuram guerras o querem? Será que você tem alguma informação que queira partilhar?
Digo: e porque vocês que procuram guerras o querem?
Aliás virús você enquadra toda a Europa e os EUA naquelas cidades que mencionou? É estranho esta coisa de Lisboa vindo de círculos como o vosso! Sabem de alguma coisa?
Vocês viram ontem aquele golo do João Pinto?
Por acaso sei... Onde é que você mora mesmo? É que eu não tomei nota da última vez... :)
Caro anónimo,
você enquadra o Líbano todo de norte a sul nos bairros xiitas dos suburbios de Beirute e na margem sul do rio Litani?
Ah pois é... grande argumento o seu!... Venha o próximo...
anthrax não quer dizer o que você sabe de um ataque terrorista à Lisboa? Dizem que a MOSSAd anda bem informada... Talvez através dos seus contactos possamos saber deste ataque...
Confirma-se! O Tico e o Teco entraram mesmo de greve han?!
Não foi o Anthrax, foi o Vírus!
É óbvio que lhe podia dizer mas depois teria de o matar!! O problema é que eu tenho um príncipio sagrado de não abater seres vivos irracionais (excepto em legítima defesa)! :)
não são a mesma pessoa? é que se defendem um ao outro que até se complementam. sho shorry biological weapon!
É óbvio que não são a mesma pessoa... claro que se o Tico e o Teco já tivessem saído de greve você já tinha percebido isso! Assim... resta esperar que a greve acabe! :)
é o que vocês dizem... Tico e Teco...
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