Londres 7/7

Rui Carmo, no Insurgente, recorda o ataque terrorista de Londres cometido em 7 de Julho do ano passado:
«É importante não esquecer. A memória colectiva tende a ser demasiado curta. É tempo de recordar e homenagear as 52 pessoas mortas e as 700 feridas quando quatro jovens muçulmanos, de nacionalidade britânica, se fizeram explodir nos transportes públicos de Londres. É preciso combater a banalidade do mal quando há gente pronta a assassinar e morrer em nome de Deus.

"O terror é a linguagem do século XXI", diz Omar Bakri Mohammed. Destaco duas questões da excelente entrevista do jornalista Paulo Moura para a revista Pública (do jornal Público) de 18 de Abril de 2004 a Omar Bakri Mohammed, líder do "Londonistão" e Teórico da Al-Qaeda na Europa. À questão de Paulo Moura "Mas o que pode justificar matar deliberadamente milhares de civis inocentes?", Omar Bakri Mohammed respondeu: "Nós não fazemos a distinção entre civis e não civis, inocentes e não inocentes. Apenas entre muçulmanos e descrentes. E a vida de um descrente não tem qualquer valor. Não tem santidade."Mas há mais. "Para si não há diferença entre atacar um objectivo militar provocando algumas baixas civis ou fazer das populações o próprio alvo", pergunta o jornalista. A resposta é esta: "Há uma diferença: nós não somos hipócritas. Não dizemos: "Desculpem, foi engano". Dizemos: "Vocês mereceram". Assumimos que o objectivo é matar o maior número de pessoas, para provocar o terror. Para que no Ocidente pensem: "Olhem o que nos aconteceu!" (...) Em Madrid foram 196 ou 197? Conta-se um a um."

O terrorismo não é aceitável, nem respeitável, por muito que queiram os filhos da puta.»

Nota 1: A al-Qaeda também comemora a data.

Nota 2: Um ano após os ataques terroristas do 7 de Julho pouca coisa mudou na vida dos londrinos. A cidade continua a ser alvo para terroristas que usam o Islão como justificação para os seus actos, admitiu esta semana a polícia metropolitana.