Observatório da Jihad


19.8.06

Quem falou em integração?

Britânicas muçulmanas apostam em criar as suas próprias roupas
Um pequeno grupo de desenhadoras britânicas, de religião muçulmana, está a impulsionar, no Reino Unido, a moda "halal" (permitida), que satisfaz as necessidades das mulheres que se querem vestir bem, sem ignorar os preceitos da sua fé. "Desde que seja com modéstia, podemos usar seja o que for", disse Remona Aly, sub-directora da revista mensal "Emel", a primeira publicação do país sobre moda e estilo de vida islâmicos."O mercado para uma roupa respeitadora do Islão é enorme", observou a mesma fonte, adiantando que os jovens muçulmanos nascidos no Reino Unido "ganham confiança para expressar externamente as suas crenças e culturas".

No caso das mulheres, isto pode significar usar "hijab" (véu) e vestir roupas largas que dissimulem as formas, o que, admite a jornalista, "sem um pouco de imaginação, pode tornar-se aborrecido". Para abastecer as crentes mais sóbrias, Yasmin Safri criou, com a marca Arabian Nites, uma colecção de "abayas" (túnicas) que rompem a monotonia do corte com bordados de cristais e cores vibrantes. Safri, de 30 anos, gere uma loja no recinto da mesquita de Whitechapel, no leste de Londres, uma das zonas com mais muçulmanos. De Leicester, no centro de Inglaterra, procede Sophia Kara, fundadora das colecções Imaan, uma criadora que aposta na sensatez com criações inspiradas "na arquitectura e na natureza". Maria Mian, licenciada, como Safri, pelo London College of Fashion, optou pela roupa infantil, e acaba de criar a "Tifal", uma marca que promove "a fusão e a mistura de culturas".
in Região de Leiria