O «insuspeito» Tariq Ramadan
Tariq Ramadan e as novas ligações com o terrorismo
pelo especialista em terrorismo Jean-Charles Brisard.
Na sequência do governo americano não apelar de uma decisão do tribunal para dar o visto, ou de informar as razões porque não o faz, Tariq Ramadan pode deslocar-se aos Estados Unidos, dois anos a anulação do seu visto, pela aplicação de algumas medidas do Patriot Act que permitiam excluir cidadãos estrangeiros que tivessem aprovado ou adoptado o terrorismo.
Tariq Ramadan sempre negou aprovar o terrorismo ou ter quaisquer contactos com os terroristas na Europa. Confrontado com os elementos de prova que forneci num debate televisivo, em 2005, na tv suiça, negou esses contactos. A propósito do terrorismo e do recurso a atentados suicida contra civis, ele apelou ao habitual duplo discurso: condenou os actos de uma forma geral, mas encontrou justificações num certo contexto.
As provas que forneci, foram:
- Uma nota da Direcção da polícia espanhola, datada de 1999, informando que Ahmed Brahim (condenado a 10 anos de prisão por incitamento ao terrorismo, em Abril de 2006) mantinha «contactos regulares com personalidades importantes do Islão radical, tais como Tariq Ramadan».
- O processo verbal da primeira comparência de Djamel Beghal (condenado a 10 anos de prisão em Março de 2005) a 1 de Outubro de 2001 (na sequência da sua inculpação por um juiz francês, por participação num atentado terrorista abortado contra a embaixada americana em Paris), no qual declarou que antes de 2004, «tinha frequentado cursos ministrados por Tariq Ramadan». Segundo a acusação, Beghal declarou, a 22 de Setembro de 2001, durante o primeiro interrogatório efectuado pelas autoridades dos EAU que o prenderam, que «a sua militância religiosa tinha começado em 1994» quando «era o responsável pela redacção das declarações de Tariq Ramadan».
- Uma nota dos serviços de informação suíços de 2001, diz que «os irmãos Hano e Tariq Ramadan organizaram em 1991 um encontro, em Genebra, onde estiveram presentes Ayman Al Zawahiri e Omar Abdel Rahman», respectivamente o líder da Al Qaida e o cérebro do atentado terrorista perpetrado contra o World Trade Center em 1993 e condenado a prisão perpétua nos EUA.
- Um testemunho corroborando estas informações e declarando que no final da oração de Sexta-feira, no Centre islamique de Genève, em 1991, Hani Ramadan, o irmão de Tariq Ramadan, anunciou ao público que se realizaria, alguns dias mais tarde, uma conferência com Ayman Al Zawahiri, apresentado como um «moudjahiddin islâmico».
- Um extracto da lista telefónica do Banco Al Taqwa, apreendida na residência de Youssef Nada, em 2001, e na qual o nome da família Ramadan precede a menção «Said Ramadan», o nome do pai de Tariq e Hani Ramadan.
Novos documentos indicam que Traiq Ramadan teve contactos com outros terroristas na Europa.Segundo o processo de acusação francês (datado de 8 de Dezembro de 2005) contra as «redes chechenas» que organizaram os atentados químicos em França «sob a supervisão de Abu Musab Al Zarqawi», Menad Benchellali, (chefe da rede condenado a 10 anos de prisão em Junho de 2006) deslocou-se à Suiça, uma ou duas vezes, para assistir às conferências pronunciadas por Tariq Ramadan.
2 Comments:
Amigo do Juan Luis Cebrian (TVI)
Cebrian.....¿Se bajó al moro.....?
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