Observatório da Jihad


20.9.06

Ameaças contra o Papa e o Ocidente

Organização ligada à al-Qaeda promete que a Jihad vai continuar
Há novas ameaças de atentados terroristas vindas de uma organização com presumíveis ligações à al-Qaeda. O mundo islâmico continua indignado com as declarações do Papa. Os esclarecimentos dados este domigo por Bento XVI não foram suficientes para acalmar as facções mais radicais.

Numa violenta mensagem difundida pela Internet, uma organização alegadamente ligada à al-Qaeda no Iraque dirige-se ao Papa, dizendo que ele e o Ocidente estão condenados. O teor ideológico é o mesmo de sempre: a Jihad - guerra santa - lê-se, vai continuar até o Islão dominar o Mundo. Os movimentos que defendem a Jihad encontraram neste incidente terreno para espalhar o ódio, não havendo espaço para a diplomacia. Não será, portanto, para os radicais que o Vaticano acaba de lançar uma campanha diplomática para esclarecer o contexto em que o Papa citou o texto de um autor medieval que acusava Maomé de espalhar a Fé com a espada e o Islão de ser desumano e demoníaco. A Santa Sé pretende reforçar, junto dos muçulmanos mais moderados e dos governos que reagiram com duras críticas, que Bento XVI não pensa como o autor que citou numa palestra universitária onde condenou a utilização da religião para fazer a guerra. Mundo islâmico divididoO mundo islâmico divide-se agora entre os que querem um pedido expresso de desculpas por parte do Papa e os que entendem estar na hora de pôr um ponto final na polémica. A morte de uma freira dos missionários da Consolata na Somália está a ser relacionada com o apelo de um imã à vingança. As religiosas chegaram a ser avisadas para abandonar a capital da Somália, mas ficaram. Noutros países africanos organizam-se, nas igrejas, cerimónias em memória da mulher religiosa assassinada.
in SIC