Problemas no Londonistão
por Daniel Pipes
New York Sun, 11 Julho 2006
Versão original inglesa: Trouble in Londonistan
Adaptação portuguesa: K. Sliver
Os atentados explosivos perpetrados em Julho de 2005, nos transportes públicos de Londres, motivaram oito sondagens de opinião junto dos muçulmanos do Reino Unido, um ano depois. Juntamente com dois inquéritos efectuados em 2004, compõem um conjunto que oferece um quadro único sobre a forma de pensar de cerca de dois milhões de muçulmanos do Londonistão. A mentalidade hostil que eles revelam é particularmente alarmante se nos lembrarmos que o prefeito da polícia londrina, Sir Ian Blair,declarou recentemente que a ameaça terrorista era "muito grave", pois "no momento em que falamos, novas atrocidades estão a ser preparadas no Reino Unido".
Os atentados de 7 de Julho. Cerca de um muçulmano em cada 20 mostra-se manifestamente compreensivo para com os atentados de há um ano. Inquéritos mais específicos mostram que entre 2% e 6% aprovam os atentados; 4% recusam condená-los; 5% acham que são justificados pelo Corão e 6% estimam que os autores agiram de acordo com os princípios do Corão.
Os muçulmanos que não aceitam os atentados são mais numerosos a compreendê-lo: 13% declaram que os autores dos atentados de 7 de Julho devem ser considerados mártires, 16% dizem que os atentados eram injustificados mas que a causa envolvida está correcta e 20% manifestam compreensão pelos "sentimentos e motivações" dos terroristas. Uma incrível taxa de 56% conseguem imaginar "porque alguns de comportam dessa maneira".
Ajudar a polícia? Um número inquietante de muçulmanos não ajudaria a polícia se soubesse que um correligionário estava a preparar um atentado - a taxa é de 5, 14 e 18% segundo as diferentes sondagens.
Violência aceitável? Antes de 7 de Julho, 11% julgava aceitável que "os grupos religiosos ou políticos usassem a violência para alcançarem objectivos políticos", mas esta taxa tomba para 4% após os atentados, o que constitui uma melhoria. Duas sondagens obtêm o número de 7% de muçulmanos que aprovam os atentados suicidas contra civis no Reino Unido (a taxa chega a 12% entre os 18 e os 24 anos, os mais susceptíveis de cometerem um atentado). E em relação a atentados contra militares no Reino Unido? As taxas de respostas positivas vão de 16 a 21% (28% dos 18 aos 24 anos). Os inquiridos estariam dispostos a recorrer à violência para acabarem com a sociedade ocidental "decadente e imoral"? Um por cento dos interrogados respondeu afirmativamente, isto é, o equivalente a 16.000 muçulmanos.
Muçulmano ou britânico? As sondagens indicam que uma maioria dos muçulmanos reconhece um conflito entre as suas identidades, britânica e muçulmana. Duas sondagens confirmam que só uma fraca percentagem se considera primeiro como britânico (7 a 12%), mas os resultados variam largamente quanto ao número dos que se identificam em função da sua pertença religiosa (81 e 46%).
Aplicação da lei islâmica. Os muçulmanos concordam ao pensar que a charia (lei islâmica) deve reinar na Grã-Bretanha. São 40% a aprovar que a charia seja aplicada em zonas de maioria muçulmana e 61% a desejar que os tribunais islâmicos tratem dos assuntos civis entre os muçulmanos. 58% pretendem que as críticas e os insultos ao Islão sejam legalmente penalizados. As escolas não devem interditar o porte do hijab (véu islâmico) segundo 55% dos inquiridos, enquanto que 88% afirmam que as escolas e os locais de trabalho devem prever locais para as orações islâmicas.
Integração na Grã-Bretanha. 65% dos que responderam estimam que os muçulmanos deveriam esforçar-se por se adaptar à cultura dominante britânica e 36% dizem que os valores modernos britânicos ameaçam o modo de vida islâmico. 27% sente que existe um conflito em relação aos seus correligionários e à sua lealdade para com a Grã-Bretanha. Em relação aos que desprezam a civilização ocidental e pensam que os muçulmanos "deveriam tentar acabar com ela", 32% aprovam o uso de métodos não violentos e 7% toleram o uso da força.
Atitude em relação aos judeus. As sondagens confirmam que o espectro do anti-semitismo largamente difundido no mundo muçulmano está igualmente presente no Reino Unido. Cerca de metade dos muçulmanos interrogados opinam que os judeus da Grã-Bretanha têm muita influência na política britânica e que estão associados aos franco-maçons para controlar os medias e os órgãos políticos. 37% considera que os judeus da Grã-Bretanha são "alvos legítimos no quadro da actual luta pela justiça no Médio-Oriente" e 16% declara que os atentados suicidas são justificados em Israel (a taxa aumenta para 21%, dos 18 aos 24 anos).
Recapitulando, mais de metade dos muçulmanos britânicos pretendem a lei islâmica e 5% aprovam o uso da força para a instaurar. Estes resultados mostram que os potenciais terroristas encontram, na Grã-Bretanha, um ambiente extremamente favorável.
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13 Comments:
«Estes resultados mostram que os potenciais terroristas encontram, na Grã-Bretanha, um ambiente extremamente favorável.»
Essa é uma grande verdade. Atente-se no diálogo seguinte que teve lugar na tarde do dia dos atentados (7 de Julho de 2005) na rádio da BBC 5. O repórter da BBC entrevistou Peter Power, Director Chefe da empresa Visor Consultants, que se define a si própria como uma empresa de consultoria para a “gestão de crises”. Power é um ex-funcionário da Scotland Yard:
POWER: Às nove e meia da manhã estávamos efectivamente a realizar um exercício, utilizando mais de mil pessoas, em Londres, exercício esse baseado na hipótese de acontecerem explosões simultâneas de bombas, precisamente nas estações de metro onde elas aconteceram esta manhã, por isso ainda estou estupefacto.
BBC: Sejamos claros, você estava e efectuar um exercício para testar se estavam à altura de um acontecimento destes, e ele aconteceu enquanto faziam o exercício?
POWER: Exactamente, e foi cerca das nove e meia da manhã. Nós planeámos isto para uma empresa, que por razões óbvias não vou revelar o nome, mas eles estão a ouvir e vão sabê-lo. Estava numa sala cheia de gestores de crises e, em menos de cinco minutos, chegámos à conclusão que aquilo era real, e portanto passámos dos procedimentos de exercícios de crise para uma situação real.
O Sr. Power repetiu estas declarações na televisão (ITN). O clip de vídeo de dois minutos está disponível AQUI.
«Sir Ian Blair,declarou recentemente que a ameaça terrorista era "muito grave", pois "no momento em que falamos, novas atrocidades estão a ser preparadas no Reino Unido".»
E nós sabemos que Sir Ian Blair percebe de atrocidades:
O chefe da Scotland Yard, sir Ian Blair, pediu este domingo desculpas pela morte de um brasileiro em Londres, confundido com um terrorista, e aceitou a total responsabilidade da polícia pelo sucedido.
«É uma tragédia. A polícia Metropolitana aceita a total responsabilidade pelo sucedido. À família apenas posso expressar o meu profundo pesar», afirmou Blair ao canal de televisão Sky News.
Apesar do sucedido, Ian Blair declarou que os polícias britânicos têm ordens para matar com uma bala na cabeça os presumíveis terroristas suicidas.
A Scotland Yard reconheceu sábado que o homem abatido sexta-feira na estação de metro de Stockwell «não estava ligado aos atentados» falhados da passada quinta-feira na capital britânica.
De acordo com testemunhos presenciais, Menezes tropeçou ao entrar precipitadamente no Metro quando era perseguido pela polícia, e encontrava-se caído no chão quando um dos agentes o atingiu com cinco tiros na cabeça, disparados à queima-roupa.
http://citadino.blogspot.com/2005/07/al-qaeda-em-fora-no-reino-unido.html
O islão considera a mulher um ser inferior. Cá por mim não aceito que alguém sequer pense que a minha mãe ou a minha filha são seres inferiores. Se alguém o aceita lá saberá porquê...
O comentário que fez embatucar os insurgentes e "observadores" neo-coneiros, que ficaram sem resposta:
Pequena lição para filhos da puta que apoiam os terroristas cruzados e as suas sangrentas violações do direito internacional.
Quanto a matar civis deliberadamente (uma possível embora insuficiente definição de terrorismo) convém lembrar que os EUA são os recordistas mundiais desde a II Guerra. 95% das baixas civis alemãs e 100 % das baixas civis japonesas foram causadas pelos selvátticos e cobardes bombardeamentos maciços da aviação americana (carpet-bombing). Dresden, a dois meses da rendição alemã, atulhada de refugiados de leste foi assim carbonisada durante dois dias com levas sucessivas de milhares de bombardeiros que das alturas massacraram 140.000 civis sem oposição de uma ausente defesa antiaérea ! Primeiro com bombas explosivas para derrubar telhados e muros, depois com bombas de napalm para queimar os sobreviventes. Hamburgo, Colónia, Darmstadt, Pforzheim e muitas outras sofreram a mesma sorte... recorde-se que 95% das baixas militares alemãs foram causadas pelos russos na frente leste, numa luta titãnica e solitária de 4 anos (41/45). Os homens matam homens. Os cobardes yankees, tal como hoje, preferiam massacrar das alturas as mulheres e filhos dos que estavam na frente....
E precisarei ainda de falar de Hiroxoma, Nagasáqui e de Tóquio, aniquilados sob dilúvios de fogo criminosos e desnecessários porque o Japão já estava vencido ? Que dizem a isto os filhos da puta que justificam criminosamente o terrorismo da escória nazi-bushista contra os povos islãmicos (150.000 mortos na guerra de 91, a maioria em massacres despois do amirstício, como o da auto-estrada da morte, mais outros tantos na guerra actual, mais meio milhão de crianças mortas pelo embargo e pelo urânmio empobrecido, etc. mais a Palestina do diário genocídio on TV ?
Que dizem a isto os filhos da puta bushistas deste blogue genocidário ? Há muito FDP do mesmo calibre que levou doze balas no coirão em 45...
Este Daniel Pipes é um TERRORISTA NAZI-SIONISTA que apela histéricamente ao genocídio dos povos semitas e islâmicos. O seu crédito é zero...
Sofocleto,
Desculp dizer-lhe, mas, você é um CHATO.
É evidente que a polícia britânica deve ter ordem para disparar. Um erro mortal não pode servir como pretexto para atar as mãos das forças defensivas ocidentais. Querer usar a tragédia do brasileiro como arma de arremesso que obrigue os agentes policiais ingleses a ficarem quietinhos e pensarem quatrocentas vezes antes de se mexerem, é tentar criar complexos de culpa e intimidações morais de todo em todo nojentas, próprias de quem quer ver o Ocidente a baixar-se perante a ameaça islâmica.
O que está em causa é elevado demais para que se possa querer sequer abrandar o zelo policial britânico - é a salvaguarda do seu próprio povo.
Nada naquilo que Sófocles diz permite sustentar com clareza a primária tese de «plano britânico» para pôr a culpa nos desgraçadinhos dos muçulmanos-coitadinhos-injustiçados-que-não-fazem-mal-a-ninguém.
Quando muito, pode é significar que a quinta-coluna islâmica está muito bem infiltrada no Estado Inglês, ao ponto de conseguir aproveitar tal situação para gerar o terror entre os «infiéis», isto é, os não muçulmanos.
Se tudo não passasse dum truque armado pelos serviços secretos ingleses, é mais que óbvio que esta entrevista nem sequer teria lugar.
Entretanto, tem imensa graça que certa gentinha esteja sempre interessada em fazer crer que os atentatos terroristas muçulmanos foram engendrados pelos bandidos dos americanos-ingleses-judeus-todos-menos-os-coitadinhos-dos-muçulmanos.
E tem graça porque esse tipo de gentinha é precisamente aquele tipo de meio-intelectual que normalmente costuma tentar ridicularizar qualquer «teoria da conspiração».
Pois: as teorias da conspiração são uma treta, excepto quando sirvam para pôr em dúvida os Ocidentais sobre quem são os seus verdadeiros inimigos...
Ah, e já agora, ainda não ouvi nenhuma teoria sobre os recentes atentados em Bombaim, feitos à imagem dos que se cometem em Caxemira... mas suspeito que os seus autores também foram os Judeus, os Ingleses, os Americanos, até os Hindus!, todos menos os muçulmanos...
E, como sabem, a tragédia de Beslan, em que centenas de crianças do Cáucaso foram massacradas por terroristas muçulmanos, foi na verdade cometido por hooligans de Brighton que se mascararam de assassinos atoalhados a lutar em nome do Deus do Deserto...
Por esta lógica também o sofocleto o otc e o ocs devem ser da cia, mi5, etc...
Andam a justificar as alcaidices !
«Desculpe dizer-lhe Sofocleto, mas você é um CHATO.»
Meu caro Anonymous,
Eu entendo que é difícil ver um conjunto de crenças, que nos acompanham à tanto tempo, evaporarem-se de um dia para o outro. Mas veja o lado positivo da coisa: começa finalmente a perceber o embuste do «conflito de civilizações». Não é refrescante?
O Caturo é possuidor de uma rara inteligência. Rara no sentido de escassa, entenda-se.
A sua também é rara, no sentido dado pelos castelhanos:
- esquisita.
Além do que, tem-se em muita conta; algo que não corresponde à realidade.
O Sofocleto, em contrapartida, é da «inteligência» mais comum nas pessoas da sua laia: uma pretensa inteligência toda feita de dogmas indiscutíveis mas mediocremente sustentados, somada a uma arrogância saloia de quem quer dar um passo maior do que a perna.
Acto contínuo, perde as estribeiras quando as suas teorias intelectualmente medíocres são deitadas por terra e, por isso, vai-se-lhe a prosápia pretensamente dialogante e envereda pelos ataques ad hominem.
Também eu lhe faria ataques ad hominem... se ele fosse um hominem a sério.
De facto, o conflito civilizacional existe mesmo. Basta saber alguma coisa sobre o Corão para entender isso.
Mas a maneira de definir esse conflito civilizacional não é, nunca foi, «Ocidente vs. Islão»,
MAS SIM
«Islão vs. resto do mundo».
Porque, de facto, o Islão sempre esteve em guerra contra todas, mas todas as culturas poderosas que lhe fizeram frente na sua marcha imperialista: não apenas o Ocidente, mas também a Pérsia e a Índia Ariana.
Querer ocultar isso com teorias da treta feitas de conspirações ridículas é tão somente sinal de pura estupidez saloia: de quem pensa que os outros são tão ou mais estúpidos do que ele próprio.
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