Observatório da Jihad


29.10.06

«O regresso das palavras esquecidas»

por João Marques de Almeida
[...] naquela manhã de sol do dia 11 de Setembro de 2001, a religião regressou, com brutalidade, à vida política do mundo ocidental. A verdade é que não estávamos preparados para o regresso. A religião apreceu sem ser convidada, e com a sua pior face. No início, como normalmente acontece, negámos que ela tivesse reaparecido. Recorremos, como sempre, aos discursos familiares: globalização, capitalismo, pobreza, revolução, luta contra-hegemónica, fascismo, totalitarismo, radicalismo e vários outros termos. Umas explicações estavam mais certas do que outras, algumas estavam completamente erradas, mas começámos a perceber que nenhuma nos satisfazia inteiramente. Dos conceitos familiares, muitos passaram a usar a palavra até então probida: Islão. Os mesmos que no início rejeitaram o termo islamismo, de repente começaram a falar, nalguns casos demasiado, na aliança com o Islão, no diálogo com o Islão, no Euro-Islão. Deu-se então uma reacção curiosa. A insistência em recusar que há um problema com a religião na vida política europeia está a levar à transformação de uma rligião numa entidade política. Paralelamente, o novo desafio está a levar muitos europeus a refletir sobre o lugar do Cristianismo na identidade europeia. [...]
Excerto de um texto publicado na revista «Atlântico», nº 20 disponivel nas bancas e que aconselho vivamente a comprar.


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No blogue da
Atlântico, Henrique Raposo aborda a «quinta coluna» britânica, a extrema-esquerda, em «Os vermelhos e os verdes. Todos de barba calculo»

1 Comments:

At 20:12, Anonymous Anónimo said...

Policias de la época de Franco : con corbata y bien afeitados......

 

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