Observatório da Jihad


13.7.06

A religião da tolerância e amor nos transportes públicos voltou a manifestar-se

As autoridades indianas estão a investigar a formação de um alegado grupo ligado à Al-Qaeda em Caxemira e a interrogar centenas de pessoas sobre os atentados de terça-feira em Bombaim.

15 Comments:

At 17:02, Blogger Diogo said...

Um alegado grupo ligado à Al-Qaeda? Evidentemente. Mas quem está por trás da Al-Qaeda?

É importante entender os antecedentes do conflito indo-paquistanês e a história das operações de inteligência patrocinadas pelos EUA no sub-continente indiano, canalizadas através do ISI, o serviço de inteligência militar do Paquistão.

Com o patrocínio da CIA, desde a década de 1980 o ISI apoia a várias insurreições secessionistas islâmicas na Caxemira indiana. Embora oficialmente condenadas por Washington, estas operações encobertas do ISI foram empreendidas com a aprovação tácita do governo dos EUA.

Em simultâneo com o Acordo de Paz de Genebra de 1989 e com a retirada soviética do Afeganistão, o ISI passou a desempenhar um papel instrumental na criação da militante Jammu and Kashmir Hizbul Mujahideen (JKHM).

Os ataques terroristas de 2001 ao Parlamento indiano — os quais contribuíram para conduzir a Índia e o Paquistão à beira da guerra — foram executados por dois grupos rebeldes com base no Paquistão, o Lashkar-e-Taiba ("Exército dos Puros") and Jaish-e-Muhammad ("Exército de Maomé"), ambos apoiados camufladamente pelo Inter-Services Intelligence (ISI) do Paquistão.

O poderoso Council on Foreign Relations (CFR), que desempenha um papel nos bastidores na formulação da política externa dos EUA, confirma (num documento interno) que os grupos Lashkar e o Jaish são apoiados pelo ISI: "por meio da sua agência Interservices Intelligence (ISI), o Paquistão forneceu financiamento, armas, instalações de treinamento e ajuda no cruzamento de fronteiras para o Lashkar e o Jaish. Esta assistência — uma tentativa de replicar na Caxemira a brigada islâmica internacional de "guerra santa" contra a União Soviética no Afeganistão — ajudou a introduzir o Islão radical no antigo conflito acerca do destino da Caxemira...

AQUI

 
At 17:19, Blogger Caturo said...

O Islão radical sempre lá esteve. Não foram os Americanos que invadiram a Índia e que mantiveram a zona sob constante estado de tensão ao longo de mais de um milénio.
O que os E.U.A. fizeram foi simplesmente apoiar o Paquistão (fornecendo-lhes, inclusivamente, a arma nuclear) porque a Rússia apoiava a Índia.

Ou seja, deixaram-se guiar pela miopia de ocidentais que não perceberam que o Islão era um perigo mil vezes maior do que o Comunismo.

Daí até dizer que os Americanos ainda hoje sustentam o terrorismo na zona, vai o passo da pura ignorância e da paranóia.

 
At 17:49, Blogger Diogo said...

A propósito de ignorância e de paranóia:

Em 1979 foi lançada a maior operação secreta da história da CIA em resposta à invasão do Afeganistão pela URSS. Essa acção foi lançada através dos serviços secretos paquistaneses (ISI) com o propósito de mover uma guerra global dos estados muçulmanos contra a URSS. Muitas dezenas de milhar de jovens radicais islâmicos de dezenas de nacionalidades foram educados e treinados em "madrassas" paquistanesas com apoio norte-americano e saudita e com financiamento do tráfico da droga oriunda do Crescente Dourado.

Finda a guerra fria, a CIA manteve o seu apoio à "jihad" islâmica e alargou a sua acção encoberta às repúblicas ex-soviéticas muçulmanas da Ásia Central e do Cáucaso e mesmo aos Balcãs, sempre através de seitas islâmicas fundamentalistas. O fundamentalismo islâmico continuou assim a ser manipulado como instrumento ao serviço de objectivos geoestratégicos. Em 1995 os Talibãs instalaram um regime islâmico fundamentalista sobre a maioria do território do Afeganistão. A partir daí, os talibãs, associados à seita saudita wahhabi e ao partido radical paquistanês Jamiat-ul-Ulema-e-Islam, foram parte activa na mobilização e treino de nacionalistas e mercenário para a guerrilha e o terrorismo nas repúblicas ex-soviéticas, particularmente na Chechenia, e nos Balcãs.

 
At 18:06, Blogger Caturo said...

Precisamente. Dar mais pormenores sobre aquilo que eu disse dificilmente demonstra que eu estou errado, mas enfim, vindo de quem vem, não me surpreende...

A ignorância, ou mesmo estupidez, reside no facto de continuar a dizer que o radicalismo islâmico foi manipulado. De facto, os Americanos pensavam que o estavam a manipular como arma de arremesso contra o Comunismo e, em 11 de Setembro de 2001, colheram os frutos da sua miopia tacanha e economicista.

Parece entretanto que não eram os únicos míopes, pois que, infelizmente, continua a haver por aí muito aleijadinho do miolo que acha mesmo que os muçulmanos são uns pobres coitados que nunca fizeram mal a ninguém... supõe-se então que o início dos ataques à Índia no século VIII, o milénio de guerra constante contra os Hindus, a invasão da Ibéria e das Balcãs, e da Pérsia, e do Cáucaso... foi tudo obra de George Bush, o que, como teoria, não estaria mau de todo, não fosse o pequeno pormenor de George Bush ter nascido no século XX...

 
At 18:50, Blogger Diogo said...

«em 11 de Setembro de 2001, colheram os frutos da sua miopia tacanha e economicista»

Miopia tacanha?

Em Setembro de 2000, poucos meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o “Project for a New American Century” (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América" ("Rebuilding American Defenses").

Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC fazia apelo a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio a uma agenda de guerra".


Rebuilding American Defenses - página 51:

"Further, the process of transformation, even if it brings revolutionary change, is likely to be a long one, absent some catastrophic and catalyzing event – like a new Pearl Harbor."

 
At 19:01, Blogger Caturo said...

Não é de estranhar que os Norte-Americanos estivessem a preparar-se para uma guerra, depois de se começarem a aperceber da crescente ameaça islâmica. Já no início dos anos noventa tinha havido um atentado em Nova Iorque.

Isso não chega no entanto para provar que o ataque de Setembro de 2001 tivesse sido feito pela CIA - quando muito, pode ter havido gente no seu seio que facilitou as coisas, até por desleixo, mas certamente que os terroristas muçulmanos nisso envolvidos não eram nem judeus nem americanos.

Nem é verdade que a América controle o mundo e todos os pensamentos de todos os muçulmanos. Bichos-papões todo-poderosos são personagens de histórias infantis.

 
At 20:02, Blogger Diogo said...

«Bichos-papões todo-poderosos são personagens de histórias infantis»

E, no entanto, é nisso que você acredita:

The US intelligence apparatus has created it own terrorist organizations. And at the same time, it creates its own terrorist warnings concerning the terrorist organizations which it has itself created. In turn, it has developed a cohesive multibillion dollar counterterrorism program "to go after" these terrorist organizations.

Counterterrorism and war propaganda are intertwined. The propaganda apparatus feeds disinformation into the news chain. The terror warnings must appear to be "genuine". The objective is to present the terror groups as "enemies of America."

The underlying objective is to galvanize public opinion in support of America's war agenda.

The propaganda campaign presents the portraits of the leaders behind the terror network. In other words, at the level of what constitutes an "advertising" campaign, "it gives a face to terror." The "war on terrorism" rests on the creation of one or more evil bogeymen, the terror leaders, Osama bin Laden, Abu Musab Al-Zarqawi, et al, whose names and photos are presented ad nauseam in daily news reports.

 
At 20:08, Blogger Caturo said...

Não, é nisso que você acredita: vem aqui com artigos de teorias da conspiração desonestas e mal urdidas, tem a pretensão de dar por adquirido que esses confusionismos medíocres são matéria de veracidade indiscutível e tenta assim convencer quem o lê que os muçulmanos são uns coitadinhos que não fazem mal a ninguém e que todo o terrorismo do mundo é da autoria dos E.U.A..

E, depois, em matéria de provas, é a miséria que se vê: meras coincidências e factos coligidos em épocas diferentes, tudo coladinho com cuspe mas sem sustentação lógica.

Quanto a bin Laden e quejandos, quem tiver um bocadinho de conhecimento do mundo sabe que o Islão já fazia terrorismo antes de bin Laden nascer e que bin Laden não está por toda a parte nem foi nunca o maior problema dos Hindus, nem dos Russos na Tchetchénia. Bin Laden é um terrorista como outro qualquer, que poderá ser prontamente substituído se/quando for abatido.

 
At 21:40, Blogger Diogo said...

Meras coincidências?

Como é que você explica isto:

O ministro norte-americano dos Transportes, Norman Mineta, estava no Centro Operacional de Emergências da Casa Branca com o Vice Presidente Dick Cheney à medida que o voo 77 (que alegadamente embateu no Pentágono) se aproximava de Washington. A 23 de Maio de 2003, frente à Comissão do 11 de Setembro, o ministro testemunhou:

“Durante esse período em que o avião vinha para o Pentágono, estava lá um jovem que entrou na sala e disse ao Vice presidente, “o avião está a 80 km”. “o avião está a 50 km”. E quando chegou ao “o avião está a 15 km”, o jovem disse ao Vice Presidente, “As ordens mantêm-se? ” E o Vice Presidente virou-se e disse, “claro que as ordens se mantêm. Ouviu alguma coisa em contrário?

Como o avião não foi abatido será que as ordens do Vice Presidente Cheney eram para deixar o avião chegar ao seu alvo?

Parte do testemunho do ministro norte-americano dos Transportes, Norman Mineta, na Comissão do 11 de Setembro (vídeo 3:59m) - AQUI

 
At 02:34, Blogger Elise said...

"Não é de estranhar que os Norte-Americanos estivessem a preparar-se para uma guerra, depois de se começarem a aperceber da crescente ameaça islâmica"

Claro.
Os avisos durante a era Clinton: o ataque ao WTC em 93, os atentados nas embaixadas africanas, o assassinato de 19 soldados norte americanos na Arábia Saudita e o ataque ao USS Cole.

 
At 07:47, Blogger Diogo said...

Então Caturo? Viste o vídeo com as afirmações do ministro norte-americano dos Transportes? Como é que podem ser interpretadas as ordens de Cheney?

 
At 11:42, Blogger Caturo said...

«Como o avião não foi abatido será que as ordens do Vice Presidente Cheney eram para deixar o avião chegar ao seu alvo?»

Que ordens?

Mais uma vez, mera especulação, baseada em informação fragmentária, para servir uma teoria primária e sem sustento que se veja, quando encarada de frente.

 
At 14:18, Blogger Diogo said...

Caturo, você é surdo?

«E quando chegou ao “o avião está a 15 km”, o jovem disse ao Vice Presidente, “As ordens mantêm-se? ” E o Vice Presidente virou-se e disse, “claro que as ordens se mantêm. Ouviu alguma coisa em contrário? ”»

 
At 14:13, Blogger Caturo said...

Como o avião não foi abatido será que as ordens do Vice Presidente Cheney eram para deixar o avião chegar ao seu alvo?

Isto é mera especulação.

 
At 19:04, Blogger Diogo said...

«E quando chegou ao “o avião está a 15 km”, o jovem disse ao Vice Presidente, “As ordens mantêm-se? ” E o Vice Presidente virou-se e disse, “claro que as ordens se mantêm. Ouviu alguma coisa em contrário? ”»

Como o avião não foi abatido será que as ordens do Vice Presidente Cheney eram para deixar o avião chegar ao seu alvo?

Caturo: Isto é mera especulação.

Meu caro Caturo - Ainda havia muitos aviões no ar naquela altura. Quando o “jovem” fala na aproximação do avião, é óbvio que está a falar do avião pirateado. E pergunta a Cheney se as ordens se mantêm. Em sua opinião que ordens eram essas?

 

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