Observatório da Jihad


24.5.06

Atletismo, pensamento e islão

A não perder, o artigo «Atletismo, pensamento e islão» de Alexandre Brandão da Veiga, Jornal de Negócios, 24 Maio 2006, onde desmonta a suposta superioridade civilizacional do Islão.

« (...) Existe uma versão folclórica da defesa do imenso papel do islão na Europa. «Eu sou do Sul. Os meus antepassados eram civilizados quando os bárbaros do Norte viviam em cabanas». Argumento curioso a vários títulos. Em primeiro lugar, porque ser civilizado passa de repente a ser importante, desde que a civilização não seja europeia. A civilização europeia nada é ao pé dos Bororós, porque civilizada demais, mas já é civilizada de menos ao pé do islão. Uma via, não média, mas exótica em boa verdade. Em segundo lugar, porque se esquece que os principais descendentes das elites árabes estão na antiga nobreza europeia. A alta aristocracia europeia pode arrogar-se o direito em muitos casos de ter o sangue do profeta. São exactamente os descendentes desses «bárbaros» do Norte que são igualmente os principais descendentes dos mais elevados representantes dessa cultura islâmica na Europa. Execram a nobreza e os nórdicos, mas é nessa gente que se encontram o melhor da herança árabe na Europa. Se desejam venerar os descendentes maiores dessa cultura, que venerem a antiga nobreza europeia. Para alguns ainda, esta superioridade mostra-se na culinária mediterrânica de origem muçulmana. Bons exemplos encontramos nos vinhos alentejanos e na carne de porco alentejana, suponho, produtos muçulmanos por excelência. (...)»