Observatório da Jihad


5.2.07

Jornal francês será julgado por publicar caricaturas Maomé

O jornal satírico francês Charlie Hebdo vai ser julgado quarta-feira por ter publicado, há exactamente um ano, caricaturas de Maomé.
A União das Organizações Islâmicas de França (UOIF) e a Grande Mesquita de Paris acusaram o jornal de «injúria pública contra um grupo de pessoas devido à sua religião». A publicação das caricaturas suscitou uma grande polémica em todo o mundo e violentos protestos em países muçulmanos.
A 7 de Fevereiro do ano passado, Charlie Hebdo publicou três caricaturas do profeta Maomé que tinham sido publicadas por um jornal dinamarquês. Um dos desenhos representava Maomé com um turbante em forma de bomba, enquanto outro o representava com a cabeça entre as mãos, lamentando-se e dizendo: «É difícil ser venerado por idiotas».
Segundo a acta de acusação, os desenhos estabelecem uma comparação entre o Islão e o terrorismo.
O processo movido contra o jornal suscitou as críticas de vários intelectuais, alguns dos quais muçulmanos, para quem se Charlie Hebdo for condenado ficará evidente a necessidade de estabelecer uma «auto-censura generalizada»que afectaria «a liberdade e o direito de criticar todas as religiões sem excepção».
Várias associações como SOS Racismo, a Liga Internacional contra o Racismo e o Antisemitismo, o Sindicato Nacional dos Jornalistas ou a União das Famílias Laicas assinaram uma petição de solidariedade com o jornal.