O inimigo interior – em pessoa
O suíço Alain Jean-Mairet é um investigador, um erudito e um excelente tradutor que anima os sites Alain Jean-Mairet, Le Devoir de Précaution e Le Guide politiquement incorrect de l'Islam. Convido a ler a troca de argumentos (em pdf) que manteve com um muçulmano da administração federal suiça, nomeadamente porque existem várias questões que também podemos colocar aos muçulmanos que conhecemos. A introdução reza assim:
«Quem são os islamistas perigosos? Os jovens sem cérebro que se deixam seduzir pela acção suicida? Os apóstolos do ódio que insistem nos versículos mais agressivos do Corão (os últimos revelados e portanto os mais «válidos» segundo as leis islâmicas), nos actos do profeta (decapitações em massa, campanhas militares incessantes) e nas legislações jihadicas que daí derivam, e que se mantém em vigor até hoje, sem serem questionadas?
Creio que há pior ainda. O pior, na minha opinião, seria um muçulmano de aparência perfeitamente razoável, imberbe, moderado, mesmo refinado, mais sufi, sem ser prosélito e abertamente crítico do Islão radical (wahhabita) mas convencido, no seu íntimo, que o Islão é a solução e que a civilização ocidental e o «homem branco» são nocivos, provisórios.
Efectivamente, uma tal personagem pode integrar-se facilmente nas nossas sociedades e mesmo no aparelho de poder. Uma vez lá, quem sabe o que ele fará? Até que ponto, até que nível de propaganda continuará razoável e a partir de quando dará livre iniciativa às suas profundas convicções e actuará para favorecer o aparecimento daquilo que considera ser o único governo legítimo – o Islão? E do que será capaz? Para enriquecer esta reflexão, exponho aqui (pdf, 82 págs.) a troca de emails (tornados anónimos) com o «tal» muçulmano. O debate é relativamente longo e profundo – julgo que permitirá fazer uma ideia precisa e fiável das convicções dos dois participantes. O meu interlocutor ocupa um posto de responsabilidade na administração federal helvética. O seu perfil é perfeito. O seu percurso não tem falhas. Mas a suas crenças são, na minha opinião, apocalípticas.»
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