Um desastre permanente
Ministério garante que episódio não teve qualquer significado diplomático
Freitas do Amaral "apenas apertou a mão" ao seu homólogo palestiniano
09.05.2006 - 15h44 Reuters
O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, "apertou a mão" ao seu homólogo palestiniano, Mahmoud al-Zahar, membro do movimento radical Hamas, com quem se cruzou num hotel de Abu Dhabi, mas o encontro não teve qualquer significado diplomático, garantiu o porta-voz do ministério.
No domingo passado, Mahmoud al-Zahar anunciou que se tinha encontrado com um ministro europeu dos Negócios Estrangeiros durante uma visita a um país árabe, sugerindo que haveria uma ruptura na recusa da União Europeia em estabelecer contactos com elementos do Hamas até que o grupo islâmico altere a sua política em relação a Israel.
O jornal palestiniano "al-Ayyam" identificou o ministro europeu como sendo Freitas do Amaral, que esteve recentemente em visita a alguns países do Médio Oriente.
Contudo, o porta-voz do ministério, António Carneiro Jacinto, sustenta hoje que a informação do jornal palestiniano é errada e que o ministro português dos Negócios Estrangeiros apenas se cruzou com o homólogo palestiniano. "Cruzámo-nos com o ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano e a sua comitiva, e eles apertaram as mãos. E foi só isso", explicou Carneiro Jacinto, citado pela Reuters.
Num comunicado enviado esta tarde às redacções, o gabinete de Freitas do Amaral insiste que o ministro "apenas apertou a mão" a Zahar, considerando "abusiva qualquer tipo de interpretação política do sucedido".
A Autoridade Palestiniana está a enfrentar graves problemas orçamentais, depois de a União Europeia e de os EUA terem congelado as suas ajudas financeiras, face à recusa do Hamas em renunciar à luta armada e reconhecer a existência do Estado de Israel. Todos os contactos diplomáticos foram também suspensos até que o movimento integrista, vencedor das legislativas de Janeiro passado, cumpra aquelas exigências.
in Público
1 Comments:
Israel não reconhece a Palestina não é de estranhar o inverso excepto para os parciais no assunto.
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